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Fed vê risco de duplo mergulho, mas espera recuperação

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse ao Comitê Bancário do Senado dos EUA que existem "alguns riscos de que o país entre numa recessão de duplo mergulho", mas que o Fed continua a esperar uma recuperação moderada. Durante a sessão de perguntas e respostas que se seguiu […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse ao Comitê Bancário do Senado dos EUA que existem "alguns riscos de que o país entre numa recessão de duplo mergulho", mas que o Fed continua a esperar uma recuperação moderada.

Durante a sessão de perguntas e respostas que se seguiu a seu relato sobre as condições da economia e a política monetária do Fed, Bernanke disse que entre os riscos diante da economia estão o crédito apertado, especialmente para as pequenas empresas, e o desemprego elevado.

Indagado sobre se o Fed não estaria ficando "sem munição" para estimular a economia, Bernanke disse que a autoridade monetária teria meios para agir, mas que isso seria prematuro. "Não estamos preparados para tomar nenhuma medida específica no curto prazo", respondeu.

Sobre a reforma da legislação do setor financeiro dos EUA, Bernanke disse que ela é "muito construtiva e que sua implementação precisa ser feita de modo a evitar novas crises financeiras. Para ele, as novas normas "lidam com muitas das lacunas que vimos durante a crise" e não deverão prejudicar a competitividade dos bancos. Bernanke também declarou que a chamada Regra de Volcker, que limita a liberdade dos bancos para operar contas próprias, foi "elaborada de maneira razoável" e não vai afetar a capacidade dos bancos dos EUA de concorrer com os estrangeiros.

O presidente do Fed também afirmou que os EUA fizeram "algum progresso" na redução de seu déficit em conta corrente; segundo ele, o déficit foi reduzido à metade, para cerca de 3% do PIB. Para impedir que ele volte a crescer, Bernanke disse que "precisamos continuar a ter o ajuste global".

Ele também declarou que países com grandes superávits comerciais como a China, devem adotar regimes cambiais mais flexíveis e aumentar a demanda doméstica, de modo a reduzir os desequilíbrios globais. A China tem feito progressos em aumentar sua demanda doméstica, acrescentou, ressalvando que o yuan chinês precisa se valorizar "consideravelmente mais".

Indagado sobre se a Grécia corre o risco de ver-se obrigada a reestruturar sua dívida, Bernanke disse que os países europeus ofereceram recursos suficientes para assegurar que não aconteça um default grego. Ainda sobre a crise global, ele citou progressos nos esforços para estabelecer padrões internacionais mais fortes para capital e liquidez e que os EUA estão "na liderança" ao pressionar por exigências mais duras. As informações são da Dow Jones.

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