Federal Reserve adotou medidas que desvalorizaram o dólar (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 16h12.
Washington - Alguns membros do Federal Reserve afirmaram no mês passado que teriam que manter a política monetária expansionista após este ano, enquanto outros poucos disseram que o banco central deveria se mover para apertar as condições monetárias antes do final do ano.
Em outro exemplo de visões divergentes, alguns membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) acharam que o banco central dos EUA deveria reduzir seu programa de 600 bilhões de dólares em compra de ativos caso o crescimento provasse ser mais robusto ou a inflação subisse, enquanto outros não viram necessidade de fazer ajustes, de acordo com a ata da reunião realizada em 15 de março e divulgada nesta terça-feira.
O documentou mostrou que as autoridades estão cada vez mais preocupadas com a inflação e a possibilidade de que um percepção inflacionária esteja ganhando força.
Porém, eles concluíram que a maior parte da alta na inflação devido ao salto nos preços de energia e das commodities é temporária, embora tenham prometido manter um olhar atento sobre se os consumidores e empresas estão começando a esperar inflação maior no futuro.
"Um significativo aumento nas expectativas de inflação no longo prazo pode contribuir para inflação excessiva nos salários e preços, o que teria de ser erradicado a um alto custo", disse a ata.
A equipe técnica do Fed disse aos formuladores de política monetária que eles podem encerrar o programa de compra de bônus em 30 de junho, conforme planejado, sem diminuir gradualmente as aquisições e não causando nenhum problema ao mercado.
Várias autoridades do Fed afirmaram que os confrontos no Oriente Médio e a perspectiva de aumento nos preços do petróleo os têm levado a mudar suas piorar sua avaliação de risco de inflação.
Como resultado dessas incertezas, os formuladores de política monetária prometeram planejar uma eventual retirada das condições monetárias excepcionalmente expansionistas baseados num conjunto de diferentes cenários econômicos.