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FBI teve ordem judicial secreta para investigar assessor de Trump

A ordem demonstra que desde antes das eleições as autoridades já suspeitavam sobre os supostos vínculos da campanha de Trump com a Rússia

Carter Page: durante a campanha eleitoral, ele foi incorporado à equipe de Trump como assessor na política exterior (Sergei Karpukhin/Reuters)

Carter Page: durante a campanha eleitoral, ele foi incorporado à equipe de Trump como assessor na política exterior (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 08h27.

Washington - O FBI obteve antes das eleições presidenciais dos EUA uma ordem judicial secreta para investigar Carter Page, um dos assessores do então candidato Donald Trump, por seus supostos vínculos com Rússia.

Segundo o jornal "The Washington Post", que entrevista fontes governamentais, o FBI obteve a ordem por meio de um Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira, uma corte secreta encarregada de supervisionar as solicitações de vigilância do Governo contra supostos espiões.

A ordem demonstra que desde antes das eleições, as autoridades já suspeitavam sobre os supostos vínculos da campanha de Trump com a Rússia, que agora também são alvo de uma investigação do Congresso.

Page é um banqueiro de investimentos que trabalhou em Moscou e que é especializado no negócio do petróleo e do gás na Rússia.

Durante a campanha eleitoral, ele foi incorporado à equipe de Trump como assessor na política exterior.

A ordem de vigilância não virou por enquanto nenhuma acusação.

Entrevistado pelo "The Washington Post", Page comparou a vigilância da qual foi alvo, por causa da ordem judicial secreta, com a feita pelo FBI e Departamento de Justiça contra o líder do direito civil Martin Luther King.

"Isto confirma minhas suspeitas sobre uma vigilância injustificada e politicamente motivada do Governo. Não tenho nada que esconder", disse Page.

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