Após o escândalo, o General David Petraeus renunciou de seu cargo de diretor da CIA (REUTERS/Yuri Gripas/Files)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2012 às 10h39.
Washington - Agentes do FBI revistaram a casa Paula Broadwell, biógrafa e suposta amante do ex-diretor da CIA David Petraeus, cujo relacionamento provocou a renúncia na sexta-feira do chefe da agência de inteligência, informou a imprensa americana.
"Agentes carregaram caixas e fizeram fotografias do interior da residência de Broadwell em Charlotte" (Carolina do Norte), informou o canal WFMY, filial da rede CBS.
O jornal The Charlotte Observer informou que os agentes aparentemente revistaram dois andares da casa.
A queda de Petraeus aconteceu três dias depois da reeleição do presidente Barack Obama e em meio às investigações sobre o trabalho da CIA após o ataque ao consulado americano em Benghazi (leste da Líbia), que matou o embaixador e três funcionários americanos.
Broadwell, que escreveu uma biografia autorizada do general de quatro estrelas da reserva, não foi vista desde a renúncia de Petraeus e da explosão do escândalo.
Um vizinho de Broadwell, Ed Williams, afirmou a WCNC que ela, o marido Scott e os dois filhos estavam em um local desconhecido, mas destacou que todos estão bem.
Steve Boylan, amigo e ex-porta-voz de Petraeus, afirmou que o general lamenta o relacionamento extraconjugal, iniciado dois meses depois de ter assumido o comando da CIA, em setembro de 2011. O romance terminou há quatro meses.
O caso explodiu quando uma segunda mulher, Jill Kelly, pediu ajuda ao FBI depois de receber e-mails com ameaças de Broadwell, que a acusava de flertar com Petraeus.
O escândalo deixou os políticos americanos em alerta. Eles temem que a segurança nacional esteja em perigo, pois Broadwell teve acesso a informações confidenciais.