Nova York - O FBI prendeu nesta quarta-feira três moradores de Nova York que planejavam se unir ao Estado Islâmico (EI) e realizar atentados terroristas nos Estados Unidos.

Abdurasul Hasanovich Juraboev e Abror Habibov, ambos do Uzbequistão, e Akhror Saidakhmetov, do Cazaquistão, enfrentam acusações de conspiração por apoiar esse grupo terrorista, informaram o FBI e o Departamento de Justiça.

A detenção dos três homens, residentes no distrito nova-iorquino do Brooklyn e que estavam sendo vigiados há vários meses, foi feita nas últimas horas em Nova York e na Flórida.

A investigação do FBI revelou que Juraboev, de 24 anos, e Saidakhmetov, de 19, planejavam viajar para a Síria, fazendo escala na Turquia, para se unirem ao Estado Islâmico, enquanto Habibov, de 30 anos, ajudava economicamente o segundo em suas intenções, mas não tinha planos de deixar o país.

Saidakhmetov foi detido nesta manhã no aeroporto internacional JFK quando estava prestes a embarcar em um voo para Istambul. Juraboev tinha comprado uma passagem para esse mesmo voo para o mês que vem.

Habibov foi detido na Flórida, e Juraboev no Brooklyn.

Na lista de acusações consta que Juraboev chamou a atenção das autoridades quando publicou um texto, em agosto de 2014, em um site uzbeque no qual propagava a ideologia do EI e afirmar que planejaria um ato terrorista nos EUA se o grupo jihadista encomendasse.

Nesse mesmo site o acusado se ofereceu para matar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se a organização terrorista ordenasse. E também ameaçou explodir uma bomba no distrito nova-iorquino de Coney Island.

Já Saidakhmetov tinha a intenção de realizar um atentado nos EUA se não conseguisse viajar para a Síria para se unir ao EI, e recentemente expressou sua intenção de comprar uma pistola para atirar em policiais e em agentes do FBI se eles interviessem em suas intenções.

"O fluxo de lutadores estrangeiros para a Síria representa uma ameaça em evolução para nosso país e para nossos aliados", disse a Procuradora Federal do Distrito Leste de Nova York, Loretta E. Lynch, no comunicado que informou das prisões.