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Favorito na Argentina, Fernández diz que Macri "já é parte do passado"

Fernández venceu as primárias e as pesquisas apontam que ele pode até mesmo se eleger no primeiro turno

Macri e Fernández: presidenciáveis participaram do último debate antes das eleições (Agustin Marcarian/Reuters)

Macri e Fernández: presidenciáveis participaram do último debate antes das eleições (Agustin Marcarian/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 15h43.

Última atualização em 21 de outubro de 2019 às 15h50.

Buenos Aires — Candidato mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto sobre as eleições gerais de 27 de outubro na Argentina, o peronista Alberto Fernández afirmou nesta segunda-feira que o atual presidente e concorrente no pleito, Mauricio Macri, "já é parte do passado".

"A Argentina tem que olhar para frente. Que Macri fique na fissura, o resto da Argentina tem que se abraçar e continuar avançando. Macri já é parte do passado", declarou Fernández a jornalistas um dia após o último debate eleitoral, no qual os dois principais candidatos mostraram uma postura agressiva.

Na entrevista, o peronista tentou minimizar o tom acalorado do debate - no qual foi acusado por Macri de ter relação com supostos casos de corrupção nos governos kirchneristas (2003-2008) quando era chefe de Gabinete -, mas voltou a alfinetar o rival.

"Só espero que Macri não volte a se irritar e a pedir ao Banco Central para que libere o dólar, que foi o que fez da vez passada", declarou Fernández em relação aos resultados das primárias de 11 de agosto, quando a reação dos mercados à vitória do peronista provocou uma forte desvalorização do peso diante da moeda americana.

Líder da chapa que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como candidata a vice, ele comparou a situação da Argentina com as grandes revoltas sociais em Equador e Chile com decisões tomadas pelos respectivos governos.

"O que acontece no Equador, o que acontece no Chile, o que acontece na Argentina é o mesmo, são políticas desenhadas com o mesmo critério e a mesma lógica. Em algum momento o povo se sente mal, porque o ajuste sempre é feito pelos mesmos", comentou.

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