Parentes e amigos de Arafat Jaradat, 24 de fevereiro, 2013: a morte do militante desencadeou manifestações na Cisjordânia, onde a tensão aumentou nos últimos dias (Hazem Bader/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 09h26.
Sa'ir - O braço armado do movimento nacionalista Fatah prometeu nesta segunda-feira vingar a morte de um detido palestino que faleceu no sábado em Israel, segundo a Autoridade Palestina, devido a torturas.
"Este crime horrível não ficará impune e prometemos ao ocupante sionista uma resposta", indica um comunicado das Brigadas dos Mártires Al-Aqsa distribuído no funeral do preso, Arafat Jaradat, de 30 anos, em sua cidade natal de Sa'ir, perto de Hebron (sul da Cisjordânia).
Combatentes armados e mascarados do braço militar do Fatah vigiaram o funeral mobilizados nos telhados vizinhos, constatou a AFP, algo que não se via na Cisjordânia há muito tempo e que lembra os anos da Intifada.
O grupo armado indicou que Arafat Jaradat era um de seus militantes.
"As Brigadas Al-Aqsa choram com orgulho seu herói, o mártir da liberdade, o prisioneiro Arafat Jaradat", disse o comunicado.
Milhares de pessoas, carregando bandeiras da Palestina e bandeiras amarelas do Fatah, se reuniram em Sa'ir para participar do funeral do jovem palestino.
O ministro palestino dos Prisioneiros, Issa Qaraqae, acusou no domingo Israel de ter torturado até a morte o preso palestino.
A morte do militante desencadeou manifestações na Cisjordânia, onde a tensão aumentou nos últimos dias.