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Farc reconhecem e condenam atentado realizado por unidade

Trata-se da primeira vez que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) condenam um atentado, neste caso o realizado no dia 16 de janeiro


	Soldados das Farc, na Colômbia: chefes guerrilheiros defenderam que os autores "jamais tiveram a intenção de causar algum prejuízo à população civil"
 (Serdechny / Wikimedia Commons)

Soldados das Farc, na Colômbia: chefes guerrilheiros defenderam que os autores "jamais tiveram a intenção de causar algum prejuízo à população civil" (Serdechny / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 17h30.

Bogotá - O Secretariado das Farc admitiu nesta sexta-feira que membros desse grupo cometeram o ataque que no dia 16 de janeiro deixou um morto e mais de 50 feridos no sudoeste da Colômbia e anunciou "corretivos disciplinares", na primeira condenação desta guerrilha a um atentado realizado por uma de suas unidades.

"A ordem (do atentado) partiu do comando de uma das unidades que compõem o Bloco Móvel Arturo Ruiz das Farc, situação que conduz a nossa reprovação aberta e à aplicação dos corretivos disciplinares correspondentes", expressaram os líderes guerrilheiros em comunicado.

Trata-se da primeira vez que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) condenam um atentado, neste caso o realizado no dia 16 de janeiro, um dia depois do fim da trégua unilateral que esta guerrilha tinha declarado por ocasião das festas natalinas.

Naquele dia uma unidade desta guerrilha detonou uma moto com explosivos no centro de Pradera, no conturbado departamento de Valle del Cauca, onde morreu uma pessoa e mais de 50 ficaram feridas, a grande maioria civis.

Os chefes guerrilheiros defenderam que os autores "jamais tiveram a intenção de causar algum prejuízo à população civil", mas esclareceram que esta circunstância "não exclui sua responsabilidade pela falta de previsão dos efeitos contra ela".

O analista em conflito armado Ariel Ávila, confirmou à Agência Efe que esta é a primeira vez que as Farc condenam um atentado realizado por alguma de suas unidades, embora tenha argumentado que, em nível interno, a guerrilha já tinha aplicado corretivos por fatos similares.

Segundo Ávila, esta condenação pública inscreve-se dentro do processo negociador que as Farc e o Governo discutem desde novembro de 2012.

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