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Farc propõem expropriar dinheiro do narcotráfico

Grupo propôs a busca e a expropriação do dinheiro do narcotráfico e seu investimento em projetos para os camponeses envolvidos com cultivos ilícitos

Líder das negociações da Farc, Ivan Marquez, durante uma conferência de imprensa com Jesus Santrich em Havana, Cuba (Enrique de la Osa/Reuters)

Líder das negociações da Farc, Ivan Marquez, durante uma conferência de imprensa com Jesus Santrich em Havana, Cuba (Enrique de la Osa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 20h35.

Havana - O grupo guerrilheiro colombiano Farc propôs nesta quinta-feira a busca e a expropriação do dinheiro do narcotráfico e seu investimento em projetos para os camponeses envolvidos com cultivos ilícitos, como os da folha de coca, como parte das alternativas para se obter a paz na Colômbia.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) apresentaram a proposta no encerramento do Ciclo 21 do diálogo que mantêm em Cuba com o governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, com a finalidade de pôr fim a um conflito interno de 50 anos que deixou mais de 200.000 motos.

As partes discutem atualmente uma solução para o problema das drogas ilícitas, depois de conseguirem acordos parciais na questão agrária, para o acesso dos camponeses pobres à terra, e sobre garantias para a atuação política do grupo de oposição, que abandonaria as armas e se converteria em partido político.

"A perseguição aos capitais comprometidos com o negócio do narcotráfico deverá conduzir à expropriação de tais capitais", disseram as Farc em um comunicado.

"Com os recursos assim obtidos, se criará um fundo especial para contribuir ao financiamento dos planos de desenvolvimento alternativo das comunidades camponeses, com as quais se entrará em acordo para a substituição dos usos ilícitos dos cultivos da coca, maconha e papoula", acrescentaram.

O grupo guerrilheiro, acusado pelas Forças Armadas do país de obter recursos milionários da produção e tráfico de cocaína, embora seus chefes neguem, propôs que uma comissão da Organização das Nações Unidas e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) faça um diagnóstico sobre o estado atual do negócio do narcotráfico e sua influência na economia da Colômbia.

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