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Farc pedem que UE tire organização da lista de terroristas

Márquez discursou hoje por videoconferência em uma audiência pública na comissão de Relações Exteriores do parlamento Europeu


	Chefe de negociação das Farc: as Farc figuram desde junho de 2002 na lista europeia de organizações terroristas
 (Adalberto Roque/AFP)

Chefe de negociação das Farc: as Farc figuram desde junho de 2002 na lista europeia de organizações terroristas (Adalberto Roque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 13h38.

Bruxelas - O chefe negociador das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez", pediu nesta quinta-feira à União Europeia (UE) que tire o mais rápido possível as Farc de sua lista de organizações terroristas, algo que opinou que ajudará no processo de paz colombiano.

Márquez discursou hoje por videoconferência em uma audiência pública na comissão de Relações Exteriores do parlamento Europeu (PE), onde também participou Sergio Jaramillo, alto comissário para a Paz e negociador do governo colombiano.

"O mais justo e consequente é tirar as Farc da lista de organizações terroristas, com a mesma rapidez com a qual fomos incluídos", disse o negociador desse grupo perante os eurodeputados.

Márquez opinou que sair desse lista eliminaria "um obstáculo" para a normalização da situação no país e "facilitaria" o processo de reincorporação dos antigos combatentes à vida civil.

As Farc figuram desde junho de 2002 na lista europeia de organizações terroristas.

O chefe negociador das Farc agradeceu o apoio da UE ao processo de paz e em particular, o anúncio da criação de um fundo fiduciário para apoiar um futuro acordo entre o governo colombiano e as Farc.

"Cumprimentamos e agradecemos esta solução solidária", disse Márquez.

O negociador das Farc revisou os avanços nas negociações, e ressaltou que "é necessário que as causas que deram origem ao conflito nunca se repitam, para que o acordo de paz não seja um simples parêntese", mas o início de um processo durável de reconciliação.

O enviado dos vinte e oito ao processo de paz, o irlandês Eamon Gilmore, também presente no debate, convidou os países da UE a contribuir ao fundo fiduciário, que acredita que possa começar a ser aplicado coincidindo com o início do acordo de paz, e que se dedique, por exemplo, a financiar projetos de desminagem e de desenvolvimento rural.

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