FARC: a cerimônia de assinatura do acordo, em Cartagena, terá 2.500 convidados (John Vizcaino/ Reuters) (John Vizcaino/Reuters)
AFP
Publicado em 2 de setembro de 2019 às 20h00.
O partido Farc pediu nesta segunda-feira para as antigas tropas guerrilheiras não retomarem as armas, após ex-comandantes se afastarem do pacto de paz que deu fim a mais de meio século de conflito armado na Colômbia.
O presidente do partido surgido dos acordos de paz, Rodrigo Londoño, convidou "os que podem se sentir tentados pelos cantos de sereia dos desertores da paz" a "pensarem, meditarem, analisarem muito bem a realidade antes de se decidir a seguir um equívoco semelhante".
Em uma circular dirigida aos militantes da Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc), Londoño, conhecido durante a conflagração como Timochenko, disse que o "partido condena e se afasta da retomada das armas".
Em um vídeo publicado na quinta-feira passada em redes sociais, 20 rebeldes, liderados pelo ex-número dois da guerrilha, Iván Márquez, anunciaram seu retorno à luta armada, alegando "a traição" dos acordos assinados em novembro de 2016 que conduziram ao desarmamento da maior parte das Farc.
"Sabemos que os que hoje se chamam chefes das Farc não vão fazer a guerra, que ficarão do outro lado da fronteira (na Venezuela)", acrescentou Londoño na carta.
Entre os insurgentes que aparecem nas imagens publicadas na quinta, armados e com cartazes das Farc nas costas, também estão Jesús Santrich e Hernán Darío Velásquez (El Paisa), todos procurados pela justiça colombiana por descumprimento do pactuado.