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Farc não descartam apresentar candidato presidencial em 2014

A candidatura acontecerá caso o processo de paz com o governo colombiano tenha êxito até 2014


	Farc: segundo guerrilheiro, a intenção é criar uma força política própria, que não teria "absolutamente nenhum vínculo" com algum dos atuais partidos colombianos
 (Getty Images)

Farc: segundo guerrilheiro, a intenção é criar uma força política própria, que não teria "absolutamente nenhum vínculo" com algum dos atuais partidos colombianos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 12h52.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não descartam apresentar um candidato às eleições presidenciais de 2014 na Colômbia caso o processo de paz com o governo tenha êxito, disse um dos ideólogos da guerrilha em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal "El Espectador".

"Se o processo de acordos continuar e houver as condições políticas para participar de eleições, podemos pensar nessa possibilidade", disse Jesús Emilio Carvajalino, conhecido como "Andrés Paris".

Carvajalino foi um dos integrantes das Farc que participou das conversas iniciais com o governo colombiano em Havana que abrirão caminho em outubro para um diálogo formal de paz.

"Nós aspiraríamos à eleição de um candidato que venha das forças políticas que nascerão do processo de paz", afirmou o guerrilheiro, que explicou que a intenção das Farc é criar sua própria força política, que não teria "absolutamente nenhum vínculo" com algum dos atuais partidos colombianos.

"Andrés Paris" também falou sobre as violentas relações nos últimos anos entre as Farc e a segunda maior guerrilha colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN).

As direções dos movimentos rebeldes "se comprometeram a superar esse conflito, e hoje podemos dizer que ele está superado", ressaltou, dizendo acreditar que o ELN pode se somar ao processo de paz aberto pelas Farc e o governo.

Na primeira parte desta entrevista, publicada pelo jornal no domingo, "Andrés Paris" qualificou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, como "um homem realista". 

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