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Farc matam menina que foi entregue à guerrilha duas vezes por sua mãe

Após ser entregue, a menina fugiu porque estava sendo submetida a maus tratos e abusos sexuais, mas novamente foi posta à disposição do grupo

O general do Exército comentou que a guerrilha tem um plano de recrutamento de menores entre 12 e 14 anos (Getty Images)

O general do Exército comentou que a guerrilha tem um plano de recrutamento de menores entre 12 e 14 anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2011 às 18h17.

Bogotá - Um comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no departamento de Tolima mandou executar uma menina de 13 anos de idade que tinha sido entregue por sua mãe à guerrilha em duas ocasiões, denunciaram neste domingo fontes das forças militares locais.

O comandante da Força de Tarefa do Sul em Tolima, general Guillermo Suárez, declarou à imprensa que a mãe entregou a garota no um primeiro momento em uma zona rural do município de Chaparral.

Tempos depois, a menina fugiu porque estava sendo submetida a maus tratos e abusos sexuais, mas novamente foi posta à disposição do grupo.

"Colocamos nossas unidades para procurar a menina e infelizmente chegamos novamente onde estava a mãe, que, em um ato irracional, voltou e a entregá-la ao terrorista Teófilo da coluna Gabriel Galvis das FARC, que ordenou que a assassinassem", declarou o oficial à emissora "RCN Radio".

O general do Exército comentou que nessa área do departamento de Tolima, local de grande presença das Farc, a guerrilha tem um plano de recrutamento de menores que têm entre 12 e 14 anos, pelo que entregam terras de trabalho às famílias em troca de seus filhos.

"Este é um chamado para que todos os pais de família do sul de Tolima tenham atenção. Não podem entregar seus filhos para a guerra, nem fomentar práticas de recrutamento forçado", alertou Suárez, em entrevista a outra emissora, a "Caracol Radio".

Por sua vez, o diretor do Instituto Colombiano do Bem-Estar Familiar (ICBF) da região, Carlos Eduardo Buenaventura, pediu que seja efetuada uma rigorosa investigação e que sejam aplicas as sanções pertinentes à mãe da menor assassinada por colocá-la em risco.

A instituição assinalou que recebeu dezenas de denúncias de recrutamento infantil e juvenil por parte das Farc no sul do departamento de Tolima.

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