Mundo

Farc iniciam destruição de explosivos com base em acordo de paz

O governo Santos e as Farc firmaram na semana passada um acordo de paz, que foi renegociado para incluir propostas da oposição

Acordo: como parte do acertado, também entrarão em funcionamento uma mesa técnica de segurança e uma unidade de busca de desaparecidos (John Vizcaino/Reuters)

Acordo: como parte do acertado, também entrarão em funcionamento uma mesa técnica de segurança e uma unidade de busca de desaparecidos (John Vizcaino/Reuters)

A

AFP

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 21h13.

As Farc começaram a "destruir materiais explosivos" e esperam "as primeiras libertações de rebeldes", após a entrada em vigor do acordo de paz firmado com o governo do presidente Juan Manuel Santos, anunciou nesta sexta-feira o chefe negociador guerrilheiro Iván Márquez.

"Estamos já no dia D+2 e os guerrilheiros, além de avançarem até os pontos de pré-reagrupamento, começaram a destruir materiais explosivos, de boa fé, e esperamos as primeiras libertações de rebeldes", disse Márquez durante entrevista coletiva.

O governo Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) firmaram na semana passada um acordo de paz, que foi renegociado para incluir propostas da oposição após a rejeição do pacto original, em um referendo.

Na quarta-feira, o acordo foi aprovado pelo Congresso, e no dia seguinte começaram a correr os prazos para a implementação do pacto, incluindo os 30 dias para que os membros da guerrilha estejam concentrados em 27 pontos, onde progressivamente entregarão suas armas, sob a supervisão das Nações Unidas.

"Queremos continuar a marcha das estruturas insurgentes para zonas e pontos transitórios de normalização, mas a logística ainda não está pronta para recebê-los, apesar de que nestas zonas ocorrerá o processo gradual de entrega de armas com prazo delimitado", acrescentou Márquez.

O guerrilheiro explicou que nesta sexta-feira se ativou a "criação da agrupaçãopolítica que (...) se ocupará de gerar condições para a aparição do novo movimento ou partido político legal oriundo das Farc após o fim do processo de entrega das armas", no prazo de seis meses.

Esta agrupação será a que designará os três representantes das Farc que estarão no Senado e os outros três na Câmara de Representantes como delegados - sem direito a voto - na discussão dos projetos de lei relacionados à paz.

Como parte do acertado, também entrarão em funcionamento uma mesa técnica de segurança e uma unidade de busca de desaparecidos.

Em cinco décadas, o conflito armado colombiano deixou 260 mil mortos, 60 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaExplosõesFarc

Mais de Mundo

Dois funcionários da embaixada de Israel são mortos a tiros em Washington; veja vídeo

Diplomatas de 24 países faziam parte de delegação alvejada em Jenin por forças israelenses

Suprema Corte de Israel diz que demissão de chefe de serviço de segurança foi ilegal

Mais de 48 mil isolados e 300 retirados de áreas afetadas por inundações na Austrália