O chefe do diálogo com as Farc, Humberto de la Calle (C): a delegação do governo, liderada por Humberto de la Calle, não formulou declarações nesta terça-feira. (AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 14h12.
Havana - A guerrilha marxista das Farc exigiu nesta terça-feira o fim do latifúndio nacional e estrangeiro na Colômbia e a "democratização" da terra, como premissa para resolver o problema agrário, centro das negociações de paz com o governo de Juan Manuel Santos em Havana.
À "posse latifundiária favorecedora dos interesses dos grandes proprietários de terras e transnacionais contra o interesse social e nacional, opomos nossa iniciativa 'Desenvolvimento rural para a democratização e a paz com justiça social'", afirmou a guerrilha em um comunicado, lido por Iván Márquez, que lidera a delegação das Farc em Havana.
O tema agrário é o primeiro ponto de uma agenda de cinco fixados pelas delegações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Governo no início das negociações de paz em Havana, no dia 19 de novembro, que buscam terminar com um conflito armado de quase meio século.
O assunto agrário, enriquecido com propostas e ideias de diferentes setores da sociedade colombiana, foi reconhecido como o principal por ambas as partes, já que opera como uma espécie de nó górdio frente ao resto da agenda.
A delegação do governo, liderada por Humberto de la Calle, não formulou declarações nesta terça-feira ao início das negociações no Palácio das Convenções de Havana.