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Farc decretam cessar-fogo unilateral por um mês

Na véspera, os quatro países que acompanham o processo de paz convocaram o governo e a guerrilha das Farc a uma desescalada urgente do conflito armado

O negociador Iván Márquez discursa em Havana (Yamil Lage/AFP)

O negociador Iván Márquez discursa em Havana (Yamil Lage/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 10h13.

Havana - A guerrilha das Farc anunciou nesta quarta-feira que ordenará um cessar-fogo unilateral por um mês a partir de 20 de julho, respondendo ao pedido dos quatro países que acompanham o processo de paz para a Colômbia.

"Atendendo ao espírito do pedido dos avalistas do processo, Cuba e Noruega, e dos acompanhantes do mesmo, Venezuela e Chile, anunciamos nossa disposição de ordenar um cessar-fogo unilateral a partir de 20 de julho, por um mês", afirmou à imprensa o chefe negociador das Farc, Iván Márquez.

Na véspera, os quatro países que acompanham o processo de paz convocaram o governo e a guerrilha das Farc a uma desescalada urgente do conflito armado neste país, após um aumento das hostilidades.

Os governos de Cuba e Noruega (avalistas do processo de paz) e de Chile e Venezuela (acompanhantes) "fazem um chamado às partes pela desescalada urgente do conflito armado", disse em um comunicado lido à imprensa o diplomata Rodolfo Benítez.

"Convocamos as partes a restringir ao máximo as ações de todo tipo que provocam vítimas e sofrimentos na Colômbia, e a intensificar a implementação de medidas de construção de confiança", acrescentou Benítez, acompanhado pela diplomata norueguesa Idun Aarak Tvedt, que leu o mesmo comunicado em inglês.

Os quatro países afirmaram que é preciso desescalar o conflito para criar um clima propício que permita que as partes consigam encerrar os pontos pendentes da agenda, "incluindo a adoção de um acordo bilateral e definitivo de cessar-fogo e das hostilidades, e o que se refere aos direitos das vítimas".

Além disso, os quatro países reiteraram seu compromisso de continuar apoiando "as negociações de paz e a adoção, no menor tempo possível, de um acordo final para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura na Colômbia".

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