No domingo, as Farc anunciaram a decisão de renunciar aos 'sequestros de pessoas' com objetivos financeiros (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 21h26.
Bogotá- A Sexta Frente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deu início na madrugada desta segunda-feira a um ataque com artefatos e bombas artesanais contra os postos policial e militar do centro da cidade de Caldono, no departamento colombiano de Cauca.
O secretário do governo do município, Carlos Pascué, informou à imprensa local que não conseguiu sair de casa pela intensidade dos ataques.
'As Farc estão cometendo ataques desde 5h20 (horário de Brasília) com morteiros e bombas. Estamos sobrevoando o local com os helicópteros de autoridades, mas é muito complicada a situação em Caldono', afirmou Pascué na emissora colombiana 'Caracol Radio'.
Pascué declarou à 'RCN Radio' que pelas circunstâncias não foi possível chegar ao local para constatar o número de guerrilheiros na ação e os presentes nas ruas.
De acordo com ele, uma cabine da polícia está no meio da estrada e é possível perceber medo a partir da população, que em alguns casos começaram a deixar as partes altas em busca de abrigo.
Alguns moradores se esconderam em um convento enquanto outros preferiram não deixar suas casas. Até o momento não há informações sobre policiais feridos ou civis.
Pascué destacou que as autoridades enviaram reforços da capital de Cauca, Popayán, e de Cali, capital do departamento vizinho de Vale del Cauca.
Já Ferney Silva, secretário pessoal do governador do Cauca, Temístocles Ortega, disse à Agência Efe que está sendo organizado em Popayán um conselho de segurança que nas próximas horas contará com a presença do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
No domingo, as Farc anunciaram por meio de comunicado em seu site a decisão de renunciar aos 'sequestros de pessoas' com objetivos financeiros e colocar em liberdade os últimos dez policiais que mantêm reféns.
O governo colombiano sempre condicionou a possibilidade de diálogo à entrega dos sequestrados, o que levou o presidente Santos a avaliar a iniciativa no domingo como 'um passo importante e necessário na direção correta, mas não suficiente '.
Em fevereiro, Cauca foi alvo de vários ataques atribuídos às Farc contra policiais, que também deixou vítimas entre os civis.