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Farc atacam oleoduto após fim da trégua

A sabotagem aconteceu em um trecho do oleoduto próximo do povoado de Orito, em Putumayo, no sul do país


	O comandante das Farc Iván Márquez: Márquez pediu ao governo "para explorar a possibilidade de analisar um acordo bilateral de cessar-fogo e de hostilidades".
 (©afp.com / adalberto roque)

O comandante das Farc Iván Márquez: Márquez pediu ao governo "para explorar a possibilidade de analisar um acordo bilateral de cessar-fogo e de hostilidades". (©afp.com / adalberto roque)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 14h34.

Bogotá - Um ataque com explosivos contra o oleoduto Trasandino, no departamento colombiano de Putumayo (fronteira com Equador e Peru), atribuído à guerrilha das Farc, foi realizado neste domingo, dia em que terminou uma trégua unilateral de dois meses, informou nesta segunda-feira a estatal Ecopetrol.

A sabotagem aconteceu em um trecho do oleoduto próximo do povoado de Orito, em Putumayo, no sul do país, indicou um porta-voz da Empresa Colombiana de Petróleos (Ecopetrol).

No domingo, a guerrilha das FARC anunciou o fim do cessar-fogo unilateral de dois meses decretado em Havana no início das negociações de paz com o governo da Colômbia, para quem pediu uma trégua bilateral.

"Com o coração partido, temos que admitir o retorno dos grupos militares à guerra que ninguém quer", declarou à imprensa o líder negociador do grupo rebelde colombiano, Iván Márquez, ao iniciar uma nova rodada de negociações com os delegados do governo do presidente Juan Manuel Santos.

Márquez, número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), pediu ao governo "para explorar a possibilidade de analisar um acordo bilateral de cessar-fogo e de hostilidades, para negociar em um ambiente tranquilo e de paz".

Em um comunicado anterior, Márquez destacou o "reconhecimento" de Santos em relação ao "cumprimento por parte das FARC" do cessar-fogo.

A delegação do governo, liderada pelo ex-vice presidente Humberto de la Calle, não fez declarações neste domingo.

No entanto, no sábado, adiantando-se ao anúncio das FARC, Santos afirmou que as forças de segurança estavam preparados para responder às ações armadas da guerrilha.

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