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FAO quer integração na produção de alimentos e energia

Segundo relatório do órgão ligado à ONU, defende a intergração da produção de alimentos com a de biocombustível

Para a FAO, integrar produção de alimentos e energia reduz a pobreza (Antônio Milena/Veja)

Para a FAO, integrar produção de alimentos e energia reduz a pobreza (Antônio Milena/Veja)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 15h55.

Roma - A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) considera que integrar a produção de alimentos e das matérias-primas para a produção de biocombustível é uma das melhores fórmulas para impulsionar a segurança alimentar e energética dos países, reduzindo ao mesmo tempo a pobreza.

Esta é a conclusão da FAO em seu estudo sobre como fazer com que os sistemas integrados de alimentos e energia trabalhem a favor das pessoas e do clima apresentado nesta quinta-feira em sua sede de Roma.

"Os sistemas agrícolas que combinam cultivos alimentares e energéticos apresentam vários benefícios para as comunidades rurais pobres", afirmou Alexander Müller, diretor-geral adjunto da FAO para recursos naturais.

Müller ressaltou que, deste modo, seria possível aos camponeses pobres, por exemplo, utilizar os cultivos restantes de arroz para produzir bioenergia.

Esse sistema permitiria aos camponeses economizar dinheiro, pois não teriam que comprar combustíveis fósseis ou adubos químicos, e usá-lo para adquirir os produtos necessários para aumentar sua produtividade, ressaltou o especialista.

Através de um comunicado, a FAO afirmou ainda que esse sistema também beneficiaria as mulheres, já que estas não se veriam obrigadas a abandonar seus cultivos para recolher lenha, o que ainda reduziria os riscos para a saúde, ao reduzir o consumo de combustíveis derivados da madeira.

A FAO destacou ainda que a integração da produção de alimentos e de energia contribuiria para reduzir os efeitos da mudança climática.

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