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FAO pede apoio de Cuba no combate à fome na América Latina

"Cuba é um país que tem ampla experiência no assunto", disse o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano


	O diretor da FAO José Graziano: ele se encontrou no fim de semana, em Santiago, no Chile, com o chefe do governo cubano, Raul Castro.
 (Vincenzo Pinto/AFP)

O diretor da FAO José Graziano: ele se encontrou no fim de semana, em Santiago, no Chile, com o chefe do governo cubano, Raul Castro. (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 12h35.

Brasília - O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano, pediu o apoio de Cuba para a erradicação da fome na América Latina e no Caribe. Segundo o diretor, o país "conseguiu promover a plena erradicação da carência alimentar entre a população mais pobre".

"Cuba é um país que tem ampla experiência no assunto e é uma das nações da América Latina e do Caribe que já alcançou o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, relacionado à erradicação da fome", disse Graziano.

Ele se encontrou no fim de semana, em Santiago, no Chile, com o chefe do governo cubano, Raul Castro, em reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), entidade que terá Cuba agora na presidência pro tempore. Castro disse que durante o mandato vai elaborar um plano regional para a erradicação da fome na região.

Para José Graziano, a América Latina e o Caribe só vão alcançar "desenvolvimento sustentável quando acabarem com a fome de 49 milhões de pessoas". De acordo com a FAO, 51% da população da América Central passam fome, enquanto na América Latina e no Caribe o índice chega a 33%. Na América Central, a desnutrição atinge 15% da população, quase o dobro do que é registrado na América Latina e no Caribe, com 8%. Segundo a entidade, 6 milhões de pessoas sofrem com a fome na América Central.

O diretor-geral da FAO destacou, no encontro realizado na capital do Chile, o apoio prestado por Cuba a diversos países em desenvolvimento nas áreas da educação, saúde e agricultura, inclusive na África.

O presidente de Cuba defendeu a participação dos países do continente no apoio ao desenvolvimento do Haiti, onde é grave a situação alimentar.

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