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Familiares de vítimas de Pinochet querem responsabilizar ministros

Parentes argumentaram que em 17 anos de ditadura no Chile as mortes não foram praticadas apenas por agentes dos setores de repressão

Ativistas de organizações de defesa dos direitos humanos: exibem retratos de desaparecidos durante a ditadura (Foto/AFP)

Ativistas de organizações de defesa dos direitos humanos: exibem retratos de desaparecidos durante a ditadura (Foto/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 18h39.

Familiares de vítimas da ditadura de Augusto Pinochet no Chile apresentaram, nesta quarta-feira (11), uma ação penal para responsabilizar seus ministros como cúmplices do regime - até agora fora do alcance da Justiça.

"Acabamos de apresentar uma ação criminosa contra cada um dos que ocuparam cargos de ministros nos 17 anos de ditadura (...), porque em 17 anos de ditadura o extermínio não foi praticado apenas pelos agentes dos aparatos repressivos", disse a presidente do Grupo de Familiares de Detidos-Desaparecidos (AFDD), Lorena Pizarro, no dia em que se completam 46 anos do golpe de Estado que derrubou o governo do socialista Salvador Allende.

Como todos os anos, organizações de esquerda lembraram as mais de 3.200 vítimas do regime de Pinochet (1973-1990), morto em 2010, aos 91 anos.

Membros do Grupo marcharam até o palácio presidencial de La Moneda, bombardeado por ar e terra pelas forças golpistas em 11 de setembro de 1973, para exigir conhecer o paradeiro dos mais de mil presos políticos que permanecem desaparecidos.

Em mais de quatro décadas, somente cerca de 100 foram encontrados. Não há pistas dos demais, já que a maioria foi lançada ao mar, ou teve seus corpos dinamitados.

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