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Família do falecido promotor Nisman pede perícia psicológica

Objetivo do estudo psiquiátrico é reconstruir estado mental de Nisman e traçar perfil psicológico por entrevistas com pessoas do círculo íntimo e profissional


	Alberto Nisman: promotor investigava há quase 10 anos o atentado contra a mutual judaica AMIA em 1994
 (REUTERS/Marcos Brindicci)

Alberto Nisman: promotor investigava há quase 10 anos o atentado contra a mutual judaica AMIA em 1994 (REUTERS/Marcos Brindicci)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 18h37.

A justiça argentina realizará uma "autópsia psicológica" do promotor Alberto Nisman a pedido de sua família, que duvida da hipótese de suicídio, após sua morte por um tiro na cabeça há quase um mês em um caso que estremeceu o país.

O estudo foi solicitado pela ex-esposa de Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, que promove a investigação representando as duas filhas que teve com o promotor que investigava há quase 10 anos o atentado contra a mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

A causa está classificada como "morte duvidosa" e a promotora Viviana Fein, que investiga o caso, tenta provar se trata-se de um suicídio, um suicídio induzido ou um assassinato, mas a ex-esposa está convencida de que ele não se matou.

O objetivo do estudo psiquiátrico é reconstruir o estado mental do falecido e traçar seu perfil psicológico por meio de entrevistas com pessoas do círculo íntimo e profissional de Nisman, assim como com os médicos que o atenderam nos últimos tempos, explicaram peritos forenses.

Arroyo Salgado, uma juíza que teve a seu cargo causas de grande repercussão pública, surpreendeu ao colocar nas mãos de um defensor oficial sua representação e a de suas filhas.

Segundo à juíza, apenas o Programa de Assistência e Patrocínio jurídico do Ministério Público de Defesa conta com o pessoal adequado e a ética para garantir a independência necessária para abordar a a investigação da morte do pai de suas filhas.

Nos próximos dias se espera a declaração do ex-espião Antonio 'Jaime' Stiuso, um colaborador próximo de Nisman na investigação da AMIA e com quem falou em várias ocasiões na noite anterior à sua morte.

Fein entrevistará Stiuso em dia e lugar que não serão divulgados ao público.

Por outro lado, a promotoria suspendeu por hora um exame de DNA do também colaborador e técnico informático Diego Lagomarsino.

Lagomarsino, o único acusado até o momento pelo delito de ter emprestado sua arma de fogo, parece ser a última pessoa que viu Nisman com vida na noite anterior ao domingo 18 de janeiro, quando o promotor foi encontrado morto.

A sociedade argentina se comoveu pela morte do fiscal e está divida entre aqueles que acreditam que se tratou de um homicídio e aqueles que estão convencidos que ele tirou a própria vida.

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