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Família de Fujimori pede perdão para ex-presidente

Fujimori, com 74 anos, sofre de câncer, que Keiko Fujimori afirmou ser de "alto risco"


	Alberto Fujimori: ex-chefe de Estado governou o Peru entre 1990 e 2000
 (Koichi Kamoshida/Getty Images)

Alberto Fujimori: ex-chefe de Estado governou o Peru entre 1990 e 2000 (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 20h46.

Lima - A família do ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, disse nesta sexta-feira que buscará o perdão humanitário para o ex-chefe de Estado, que cumpre pena de prisão em El Callao por violações contra os direitos humanos. A filha de Fujimori, a ex-parlamentar e também ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, disse que enviará o pedido nos próximos dias para o presidente peruano Ollanta Humala. Fujimori, com 74 anos, sofre de câncer, que Keiko afirmou ser de "alto risco".

"A decisão que tomamos é que nos próximos dias faremos um pedido de perdão por razões humanitárias", disse Keiko, que em 2011 foi candidata a presidente e enfrentou Ollanta nas eleições. O presidente do Peru questionou recentemente porque a família não pediu perdão para Fujimori, devido à deterioração da saúde do ex-presidente. O chefe da Suprema Corte peruana, Cesar San Martín, disse hoje que não tentará impedir a libertação de Fujimori se um perdão for concedido.

Alberto Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000. Seus partidários o elogiam por ter esmagado a guerrilha do Sendero Luminoso e outros grupos violentos da esquerda, como o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), bem como ter lançado as fundações para a recuperação econômica do Peru, que começou na década passada. Mas sua administração foi marcada por vários escândalos de corrupção e amplas violações aos direitos humanos. Em 2009, Fujimori foi sentenciado a 25 anos de prisão, em conexão às matanças de La Cantuta e Barrios Altos em Lima, quando esquadrões da morte chacinaram 25 pessoas em 1991 e 1992 em Lima.

O conflito entre o Estado peruano e o Sendero Luminoso, que começou no final da década de 1970, deixou mais de 70 mil mortos, de acordo com a Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru. Derrotado a partir de 1992, com a prisão de seu líder camarada Gonzalo (Abimael Guzmán), o Sendero ressurgiu nos últimos anos nas selvas aliado ao narcotráfico.

As informações são da Dow Jones.

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