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Falta mão de obra para operar sondas do pré-sal

Mercado não tem profissionais capacitados para manipular os complexos mecanismos

5.600 técnicos terão que trabalhar nas sondas que serão entregues entre 2015 e 2020 (Divulgação/Petrobrás)

5.600 técnicos terão que trabalhar nas sondas que serão entregues entre 2015 e 2020 (Divulgação/Petrobrás)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2012 às 14h46.

Rio de Janeiro - O atraso na fabricação da sondas para o pré-sal não é o único problema da Sete Brasil, empresa criada há um ano com o objetivo de viabilizar a construção no País de equipamentos modernos para a exploração petrolífera. Não há no mercado brasileiro profissionais capacitados para operar as sofisticadas sondas que começarão a ser entregues pelos estaleiros em 2015.

A carência de mão de obra qualificada para manipular os complexos mecanismos e aparelhagens das sondas tem sido citada pelo presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, como entrave muito importante à entrada em operação dos equipamentos.

Preocupada com a demora nos processos envolvendo a fabricação e o afretamento de sondas, a Petrobras, aliada a fundos de pensão e bancos, decidiu criar a Sete Brasil, logo contratada, por convite e licitação, para providenciar a construção de 28 sondas de perfuração em águas profundas e ultraprofundas.

Os estaleiros deverão entregá-las entre 2015 e 2020, de acordo com prazos contratuais. Em cada uma delas trabalharão, por turno, cerca de 50 técnicos. Cada turno tem 12 horas. Ou seja: por dia, trabalharão cem profissionais.

Como as sondas operam em alto-mar, as equipes permanecem a bordo pelo período máximo de 15 dias. Depois, os técnicos que as integram são substituídos pelo mesmo número de profissionais.

Assim, em cada sonda, terão de trabalhar 200 profissionais altamente qualificados, divididos em quatro grupos de 50. Como são 28 sondas, haverá a necessidade de pelo menos 5,6 mil técnicos, sem considerar as forças de reserva, para as substituições.

O Brasil não tem, hoje, essa quantidade de profissionais em condições de fazer o serviço. "Precisamos de trabalhadores superespecializados. Esse é um gargalo enorme", alertou o presidente da Sete Brasil em seminário realizado em abril na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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