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Falta de verba ameaça combate à malária, diz OMS

No ano passado ocorreram 212 milhões de novos casos, principalmente na África subsaariana

Vacinação: "A falta de financiamento e os sistemas de saúde frágeis minam os progressos" (Getty Images)

Vacinação: "A falta de financiamento e os sistemas de saúde frágeis minam os progressos" (Getty Images)

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AFP

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 14h58.

Os grandes progressos no controle da malária correm risco diante da "necessidade urgente" de mais verbas, adverte a Organização Mundial de Saúde em seu relatório anual sobre a enfermidade.

Entre 2010 e 2015, o número de novos casos de malária caiu em 21% e a mortalidade, em 29%, mas no ano passado ocorreram 212 milhões de novos casos, principalmente na África subsaariana.

Esta região concentra 90% dos casos no planeta, seguida pelo sudeste da Ásia (7%) e o Mediterrâneo oriental (2%), destaca a OMS, que apresentará o relatório nesta terça-feira, em Londres.

"Persiste a carência de recursos" em muitos países da África subsaariana, lamentou a OMS, explicando que 43% de sua população não está protegida com elementos básicos, como redes contra mosquitos ou inseticidas.

"A falta de financiamento e os sistemas de saúde frágeis minam os progressos" contra uma doença que atinge, em particular, crianças menores de 5 anos, 70% dos óbitos por malária no mundo.

Em 2015, os fundos dedicados à luta contra a malária somaram 2,9 bilhões de dólares, 45% do considerado necessário para eliminar a doença até 2030.

Estados Unidos e Grã-Bretanha são os principais doadores mundiais do combate à malária, com 35% e 16% do total da verba.

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