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Facebook e Twitter desmantelam campanhas ligadas ao Irã e à Rússia

Movimento é a mais recente tentativa das gigantes globais de mídia social para se protegerem contra a interferência política em suas plataformas

Facebook, Twitter e Alphabet removeram coletivamente centenas de contas ligadas a uma suposta operação de propaganda iraniana (Thomas Hodel/Reuters)

Facebook, Twitter e Alphabet removeram coletivamente centenas de contas ligadas a uma suposta operação de propaganda iraniana (Thomas Hodel/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 09h36.

San Francisco/Washington - Facebook, Twitter e Alphabet removeram coletivamente centenas de contas ligadas a uma suposta operação de propaganda iraniana na terça-feira, e o Facebook também desmantelou uma segunda campanha que estaria ligada à Rússia.

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que as contas identificadas na plataforma de sua empresa fazem parte de duas campanhas distintas, a primeira do Irã, com alguns laços com a mídia estatal, e a segunda ligada a fontes que Washington identificou anteriormente como dos serviços de inteligência militar russa.

Autoridades no Irã, onde é feriado para celebrar o festival muçulmano Eid al-Adha, não estavam imediatamente disponíveis para comentar. Moscou nega repetidamente o uso de hackers ou contas falsas nas redes sociais para influenciar as eleições estrangeiras. A embaixada russa em Washington não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

O movimento do Facebook e outros é a mais recente tentativa das gigantes globais de mídia social para se protegerem contra a interferência política em suas plataformas. As medidas foram tomadas em meio a preocupações com as tentativas estrangeiras de perturbar as eleições dos EUA em novembro.

Os Estados Unidos acusaram 13 russos no início do ano por supostas tentativas de interferir na política dos EUA, mas a mais recente atividade iraniana, denunciada pela empresa de segurança cibernética FireEye, sugere que o problema pode estar mais difundido.

"Isso mostra que não é apenas a Rússia que se envolve nesse tipo de atividade", disse Lee Foster, analista de operações de informação da FireEye, à Reuters.

A FireEye disse que a campanha iraniana usou uma rede de sites de notícias falsas e personagens fraudulentos de mídias sociais fraudulentas espalhadas pelo Facebook, Instagram, Twitter, Google Plus e YouTube, para espalhar narrativas de acordo com os interesses de Teerã.

A missão iraniana na Organização das Nações Unidas (ONU) não respondeu a um pedido de comentário.

A atividade foi dirigida a usuários nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, América Latina e Oriente Médio até este mês, disse Fireye, e incluiu "temas anti-sauditas, anti-israelenses e pró-palestinos", bem como a defesa de políticas favorável ao Irã, como o acordo nuclear EUA-Irã.

A FireEye disse que a atividade iraniana não parece ser "dedicada" a influenciar as próximas eleições, apesar de alguns das publicações destinadas a usuários dos EUA adotarem "identidades esquerdistas" e tomarem posições contra o presidente Donald Trump.

Essa atividade "poderia sugerir uma tentativa mais ativa de influenciar o discurso político interno dos EUA" está próxima, disse Foster, mas "nós ainda não vimos isso".

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