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Exxon Mobil abandona bloco na Bacia de Santos

A empresa e suas parceiras Hess e Petrobras "concordaram em abrir mão" do bloco BS-M-22 no local

O bloco é o único ativo da Exxon na bacia, considerada uma das maiores descobertas de petróleo nos últimos anos (Getty Images)

O bloco é o único ativo da Exxon na bacia, considerada uma das maiores descobertas de petróleo nos últimos anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 18h05.

Houston - A Exxon Mobil anunciou nesta sexta-feira que está abandonando seu esforço de exploração na Bacia de Santos, epicentro do boom de petróleo no Brasil. Com sede no Texas, a Exxon e suas parceiras Hess e Petrobras "concordaram em abrir mão" do bloco BS-M-22 na Bacia de Santos, disse o porta-voz da petrolífera norte-americana, Pat McGinn. O bloco é o único ativo da Exxon na bacia, considerada uma das maiores descobertas de petróleo nos últimos anos.

A Exxon, que está comemorando 100 anos de presença no País, "continuará a procurar novas oportunidades de negócios no Brasil", afirmou McGinn, ao destacar que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já foi notificada na primeira semana de abril.

O bloco BS-M-22, localizado no meio da florescente atividade offshore do petróleo brasileiro, mostrou ser uma grande barreira para a Exxon e seus parceiros. Isso demonstra a dificuldade em desenvolver as grandes reservas offshore do Brasil, já que a maioria delas encontra-se enterrada sob profundas espessuras de camadas de sal.

Em dois poços perfurados no bloco, Azulão-1 e Sabiá-1, foi descoberto petróleo, mas outro poço, chamado Guarani, acabou por ser seco. Um poço profundo típico na área pode custar dezenas de milhões de dólares. O Deutsche Bank já estimou que o Guarani pode custar cerca de US$ 150 milhões.

Em outubro, a Exxon e seus parceiros haviam procurado trazer um novo sócio para o bloco, para compartilhar o risco de perfurar um novo poço na região, oferecendo uma participação de 25%. A Exxon tem uma participação de 40% no bloco. Hess tem 40% e a Petrobras, 20%. As informações são da Dow Jones.

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