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Extrema-direita suíça cogita referendo para limitar imigração

Em 2014 o povo suíço já havia votado um referendo apoiado pelo Partido Popular da Suíça para conter o número de imigrantes

Suíça: Parlamento deve votar o referendo sobre imigração na semana que vem (.)

Suíça: Parlamento deve votar o referendo sobre imigração na semana que vem (.)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 08h38.

Zurique - O Partido Popular da Suíça (SVP) ameaçou convocar um novo referendo pedindo o fim da livre circulação de pessoas através da fronteira com a União Europeia se uma legislação atenuada não produzir os cortes que deseja na imigração.

O pronunciamento do presidente do SVP, Albert Roesti, no final da quarta-feira, criou a possibilidade de uma nova confrontação com a UE, o principal parceiro comercial da Suíça, que repudiou gestos anteriores liderados pelo partido de extrema-direita para limitar a imigração.

Em 2014 o povo suíço votou em um referendo apoiado pelo SVP para conter o número de imigrantes, ameaçando um acordo de longa data que permite ao país ter acesso ao mercado comum da UE em troca da permissão à liberdade de circulação de pessoas.

O governo da Suíça, obrigado a respeitar o referendo, mas determinado a não prejudicar suas relações com o bloco, elaborou uma legislação que daria prioridade aos locais na escolha de empregos, mas não chegou a impor cotas imigratórias.

O Parlamento deve votar o assunto na semana que vem.

Roesti disse à televisão SRF que líderes de sua legenda decidiram não convocar outro referendo sobre a nova lei, mas que irão esperar para ver se ela fracassa em limitar a imigração.

"Se isto acontecer, teremos que lançar uma iniciativa por uma votação popular para pôr fim à livre circulação de pessoas", afirmou.

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