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Expulsão de negociadores da Noruega terá consequências ruins

Os membros da ETA Josu Ternera, David Pla e Iratxe Sorzabal foram obrigados a deixar à Noruega


	Noruega: este último comunicado é o primeiro emitido pela ETA neste ano e o sétimo desde que a cessação da violência foi anunciada.
 (Wikimedia Commons)

Noruega: este último comunicado é o primeiro emitido pela ETA neste ano e o sétimo desde que a cessação da violência foi anunciada. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 17h11.

San Sebastián - A organização terrorista ETA afirmou nesta terça-feira que a expulsão de seus negociadores da Noruega trará "consequências negativas à resolução do conflito", no qual se defende a independência do País Basco, situado ao norte da Espanha.

Em um comunicado publicado pelo site "naiz.info", o jornal on-line da esquerda independentista basca, a ETA oferece detalhes sobre a expulsão de seus membros por parte da Noruega e, inclusive, nega que tenha tratado sobre desarmamento com a Comissão Internacional de Verificação.

Os membros da ETA Josu Ternera, David Pla e Iratxe Sorzabal foram obrigados a deixar à Noruega depois que o governo lhes dessem um prazo que expirou no último dia 15 de fevereiro.

Segundo as autoridades norueguesas, a medida foi tomada por causa da ausência de "gestos" que demonstrassem a vontade do grupo de avançar no processo de paz iniciado em outubro de 2011 com a cessação definitiva da violência.

Este último comunicado é o primeiro emitido pela ETA neste ano e o sétimo desde que a cessação da violência foi anunciada.

No comunicado, escrito integralmente em euskera e datado no dia 17 de março, a organização terrorista oferece sua versão desde os supostos "compromissos" adquiridos com o governo socialista (PSOE), anterior ao atual, até a recente expulsão de seus interlocutores da Noruega.

O comunicado também exalta que a ETA não teve conversas sobre a questão do desarmamento com a Comissão Internacional de Verificação, já que, segundo a organização, esse é um assunto que "fica fora do mandato" dos verificadores.


A entrega das armas "não esteve e nem está" na agenda de trabalho que a ETA mantém com a citada comissão e, por isso, trata-se de um assunto que segundo sua opinião "está sendo utilizada de maneira perversa" com o objetivo de "tapar a responsabilidade que o Estado tem no bloqueio total do processo".

No entanto, a o grupo terrorista expressa sua "disposição" para tratar sobre o desarmamento, mas "dentro de uma agenda de diálogo que tenha por objetivo a superação definitiva de todas as consequências do conflito".

Após a divulgação das declarações feitas pelo grupo terrorista, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, também se manifestou sobre o assunto: "Gosto de pensar positivo e, por isso, não quero falar sobre consequências negativas e positivas até que a ETA anuncie definitivamente seu desaparecimento como organização terrorista".

"A dissolução da ETA vai mudar nada, mas vai ser bom para todos", completou Rajoy em entrevista coletiva conjunta com o presidente francês, François Hollande. 

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