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Explosão na Síria mata líder de grupo islâmico

Ataque matou o líder e outros integrantes do Ahrar al-Sham, um grupo islâmico linha-dura e parte da aliança Frente Islâmica

Residentes apagam incêndio provocado por ataque aéreo de forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad (Reuters)

Residentes apagam incêndio provocado por ataque aéreo de forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 21h00.

Beirute - Uma explosão matou o líder de um dos mais poderosos grupos insurgentes islâmicos da Síria, o Ahrar al-Sham, nesta terça-feira, informou o grupo, enquanto uma organização que monitora a violência na guerra civil disse que pelo menos 28 dos comandantes da facção morreram.

O Ahrar al-Sham é um grupo islâmico linha-dura e parte da aliança Frente Islâmica que encontra-se em conflito armado com o grupo Estado Islâmico, que tomou faixas de território na Síria e no Iraque.

Foi considerado em determinado momento o grupo insurgente mais forte na guerra civil síria.

Um comunicado publicado no Twitter oficial do Ahrar al-Sham informou que a explosão atingiu uma reunião na província de Idlib, no noroeste da Síria, e confirmou que Hassan Aboud, o líder do grupo, estava entre os pelo menos 12 mortos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que cerca de 50 dos líderes do grupo estavam reunidos em uma casa quando a explosão aconteceu. Rami Abdulrahman, que dirige o Observatório, declarou que a explosão ocorreu dentro do local da reunião.

O Ahrar al-Sham, que, segundo ativistas, recebe financiamento de Estados do Golfo, tem como objetivo implementar a lei islâmica na Síria. A TV estatal síria divulgou uma manchete urgente relatando a morte de Aboud.

A Síria entrou em guerra civil depois de uma revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad em 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) recentemente apontou o número de mortos acima de 191 mil pessoas.

Em janeiro, outro líder sênior do Ahrar al-Sham, Abu Khaled al-Soury, foi morto em um ataque suicida. Soury tinha lutado ao lado do fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden, e era próximo de seu atual chefe, Ayman al-Zawahri.

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