Policiais israelenses se reúnem em torno de um ônibus que teria sido alvo de uma explosão em Tel Aviv em 21 de novembro (Daniel Bar-On/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 11h13.
Jerusalém - Sete pessoas ficaram feridas, três delas em estado graves, após o lançamento de um explosivo contra um ônibus em Tel Aviv, no primeiro atentado terrorista contra o transporte público em Israel desde março de 2011, segundo a polícia.
O chefe da polícia, Yohanan Danino, declarou à imprensa que "se trata de um atentado terrorista, por meio da introdução de um explosivo no interior" do veículo.
"Tínhamos avaliado que além da ameaça de foguetes, poderiam ocorrer atentados nas grandes cidades. Existe a motivação e a capacidade de fazê-los", acrescentou em alusão à escalada de tensão na zona pela ofensiva militar israelense em Gaza e o lançamento de projéteis contra Israel desde a Faixa.
Por enquanto, nenhuma facção armada palestina assumiu a autoria do ataque em Tel Aviv, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou seus oito principais ministros.
"O fato aconteceu na Rua Shaul Hamelej e deixou pelo menos 7 feridos, além de várias pessoas com ataques de pânico", disse à Agência Efe Yeruham Mandola, porta-voz da Estrela de Davi Vermelha.
A explosão aconteceu nas imediações do Hospital Ijilov de Tel Aviv, para onde foram transferidos os feridos.
Segundo o "canal 10", o atentado aconteceu depois que uma ou duas pessoas entraram no ônibus pela porta traseira e uma delas lançou uma pequena carga explosiva em seu interior, o que provocou um corre-corre.
Está sendo investigada a possibilidade de um dos atacantes ser uma mulher que fingia estar grávida, segundo declarações de testemunhas.
Moti Boksin, porta-voz do serviço de resposta de emergência Zaka, disse que um homem saiu correndo da zona antes da explosão.
Uma pessoa foi detida em Ramat Gan, adjacente a Tel Aviv, embora ainda não esteja claro se ela participou do ataque.
As imagens mostram que o ônibus não ficou completamente danificado e as forças de segurança pediram à população que se afaste da zona por temor de novos atentados.
A polícia também pediu aos civis e militares próximos à sede do Ministério da Defesa que não saiam do lugar por enquanto, informou o site do jornal "Yedioth Ahronoth".
Trata-se do primeiro ataque contra transporte público em Israel desde março de 2011, quando uma britânica morreu e mais de 20 pessoas ficaram feridas por um explosivo situado em uma mala perto de um ônibus em um dos principais acessos a Jerusalém.
Embora o atentado não tenha sido reivindicado por nenhum grupo palestino, foi informado através de um alto-falante de uma mesquita na Cidade de Gaza que ocorreu uma explosão e uma voz qualificou o ataque como " resposta natural aos crimes contra nossas crianças", ao mesmo tempo em que dezenas de milicianos expressavam seu júbilo nas ruas.
O fato se produz no meio da violência suscitada entre israelenses e palestinos pela operação militar que o Exército de Israel lançou contra a Faixa de Gaza há oito dias.
Desde o início da ofensiva israelense "Pilar Defensivo" em Gaza, já morreram cerca de 140 palestinos e mais de mil ficaram feridos, enquanto 5 israelenses também morreram e cerca de 40 ficaram feridos.
O novo incidente coincide, além disso, com um momento em que israelenses e palestinos tratam de alcançar um cessar-fogo com contatos através de mediadores internacionais.