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Explosão em frente a hospital deixa 3 mortos em Benghazi

Assediada desde maio de 2014 pelas tropas dirigidas pelo marechal Khalifa Hafter, Benghazi vem sofrendo uma escalada da violência desde a última quinta

Benghazi: os confrontos aumentaram na semana passada depois que caças-bombardeiros de Hafter atacaram um edifício civil no bairro de Ganfuda (Reuters)

Benghazi: os confrontos aumentaram na semana passada depois que caças-bombardeiros de Hafter atacaram um edifício civil no bairro de Ganfuda (Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 15h47.

Trípoli - Pelo menos três pessoas morreram nesta segunda-feira e nove sofreram ferimentos de diversa gravidade após a explosão de um carro-bomba em frente a um hospital da cidade de Benghazi, no leste da Líbia, que há vários dias é cenário de combates entre forças leais ao governo de Tobruk e milícias islamitas.

Uma fonte de segurança explicou à Agência Efe que o atentado aconteceu depois do meio-dia (horário local) em frente à entrada do centro médico de Jalaa, no centro de Benghazi, a segunda cidade mais importante da Líbia e palco da revolta rebelde em 2011.

Assediada desde maio de 2014 pelas tropas dirigidas pelo marechal Khalifa Hafter, Benghazi vem sofrendo uma escalada da violência desde a última quinta-feira, que já causou a morte de cerca de 50 pessoas.

Fontes das milícias islamitas "Majlis al Shura" e "Zawra Benghazi", ligadas ao antigo governo de Trípoli, asseguraram à Efe no domingo que pelo menos 39 soldados de Hafter e nove milicianos morreram em três dias de combates.

Os confrontos aumentaram na semana passada depois que caças-bombardeiros de Hafter atacaram um edifício civil no bairro de Ganfuda, matando um homem e ferindo cinco integrantes de sua família.

Em Ganfuda, segundo informações de organizações de defesa dos direitos humanos, vivem sitiadas há vários meses cerca de 100 famílias, sem luz nem água corrente, com poucos mantimentos e sob bombardeios contínuos.

A Líbia é um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, desde que a comunidade internacional apoiou a revolta rebelde e contribuiu militarmente para a queda do regime de Muammar Kadafi há cinco anos.

Dois governos, um em Trípoli e outro em Tobruk, lutam agora pelo poder e pelo controle dos recursos petrolíferos com a ajuda de dezenas milícias, que frequentemente mudam de lado.

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