Mundo

Explosão em fábrica de produtos químicos deixa seis mortos na China

Próximo ao horário da explosão, um tremor de magnitude 2,2 foi sentido em Lianyungang, uma cidade próxima ao local do acidente

China: 30 pessoas ficaram gravemente feridas (Stringer/Reuters)

China: 30 pessoas ficaram gravemente feridas (Stringer/Reuters)

A

AFP

Publicado em 21 de março de 2019 às 10h28.

Pelo menos seis pessoas morreram e 30 ficaram gravemente feridas em uma explosão que atingiu uma fábrica de produtos químicos no leste da China nesta quinta-feira (21) - informaram autoridades locais no Weibo, o Twitter chinês.

Muitas outras pessoas nas imediações ficaram levemente feridas na explosão em uma instalação administrada pela Tianjiayi Chemical em Yancheng, na província de Jiangsu.

"A causa do acidente está sob investigação", afirmaram.

A explosão ocorreu às 14h48 local (3h48 de Brasília) na fábrica da empresa Tianjiayi Chemical, localizada na cidade de Yancheng, na província de Jiangsu (leste).

Esse é o mais recente incidente industrial que atinge a China nos últimos anos.

Por volta do horário da explosão, a administração de acompanhamento de terremotos na China relatou um tremor de magnitude 2,2 em Lianyungang, uma cidade perto de Yancheng.

Imagens da emissora estatal CCTV mostraram janelas de casas próximas arrancadas com a força da explosão.

Uma vista aérea do local da explosão mostrou uma grande área de destruição em um parque industrial, onde vários incêndios ainda eram registrados.

Um jornalista da CCTV no local do incêndio falou de uma forte fumaça tóxica invadindo os arredores.

"No momento, o resgate ainda está acontecendo ... A causa do acidente está sob investigação", disseram autoridades.

Residentes feridos perto do local da explosão foram enviados para hospitais para tratamento, de acordo com as autoridades locais.

A equipe médica, bem como o pessoal do Departamento de segurança pública e dos bombeiros, foram enviados para a área da deflagração.

Prédios desabados

Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, que menciona autoridades locais, a explosão ocorreu após um incêndio em uma fábrica de fertilizantes em um parque industrial químico.

Trabalhadores perto do local da explosão teriam ficado presos após ondas de choque da explosão derrubarem prédios próximos da fábrica, segundo o relatório.

Operários cobertos de sangue foram vistos correndo para fora da fábrica, afirmou a Xinhua, citando testemunhas.

A TV ainda mostrou imagens de uma enorme explosão, com as chamas envolvendo a fábrica de produtos químicos.

Outras imagens mostram uma coluna de fumaça espessa acima do prédio.

Histórico de desastres

Acidentes industriais são comuns na China, onde os regulamentos de segurança são muitas vezes mal aplicados.

Em novembro, um vazamento de gás causou uma explosão em uma fábrica de PVC em uma cidade do norte da China que sediará as Olimpíadas de Inverno de 2022, matando 24 pessoas e ferindo 21 outras.

Um relatório publicado pelas autoridades locais em fevereiro revelou que a empresa química chinesa responsável pelo acidente escondeu informações e enganou os investigadores.

Em julho passado, uma explosão em uma fábrica de produtos químicos no sudoeste da província de Sichuan deixou 19 mortos e 12 feridos.

A empresa havia empreendido construções ilegais que não passaram nos controles de segurança, de acordo com as autoridades locais.

E, em 2015, explosões químicas em uma instalação de armazenamento de contêineres mataram pelo menos 165 pessoas na cidade portuária de Tianjin, no norte do país.

As explosões causaram mais de US$ 1 bilhão em prejuízos e provocaram revolta contra a percepção da falta de transparência sobre as causas do acidente e de seu impacto ambiental.

Acompanhe tudo sobre:ChinaExplosõesIncêndiosMortes

Mais de Mundo

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês

Alemanha prepara lista de bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia