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Explosão acidental mata funcionários de empresas russas na Síria

Os empregados do setor de segurança estavam no local para avançar com as forças governamentais sírias rumo à jazidas de petróleo e gás

Síria: além dos mortos, pelo menos 150 trabalhadores de segurança e combatentes sírios ficaram feridos (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: além dos mortos, pelo menos 150 trabalhadores de segurança e combatentes sírios ficaram feridos (Bassam Khabieh/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 18h45.

Beirute - Pelo menos 23 funcionários de empresas de segurança da Rússia e alguns milicianos tribais da Síria, aliados do Executivo em Damasco, morreram numa explosão acidental ocorrida na semana passada dentro de um armazém de armas no nordeste do território sírio, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos nesta quarta-feira.

De acordo com a organização, os trabalhadores dessas empresas e combatente da Brigada Al Baqir, formada por milicianos tribais, morreram no último dia 9 na explosão de um depósito das forças de proteção da Rússia em Tabia Jazira, na província de Deir ez-Zor. Segundo a ONG, a explosão aconteceu quando integrantes da Brigada retiravam armas do estoque, o que provocou a detonação de alguns explosivos.

Os empregados do setor de segurança estavam no local para avançar com as forças governamentais sírias rumo à jazidas de petróleo e gás na parte leste do Rio Eufrates.

Além dos mortos, pelo menos 150 trabalhadores de segurança e combatentes sírios ficaram feridos. Segundo a organização, não há soldados da Rússia entre as vítimas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu podem ter russos que não são membros das Forças Armadas da Rússia na Síria, ao comentar as informações divulgadas nos últimos dias sobre a morte de pessoas do seu país num ataque da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra forças favoráveis ao governo sírio.

"Não temos informações detalhadas no Kremlin que permita tirar conclusões, mas não podemos descartar a possibilidade de ter cidadãos da Federação da Rússia no território sírio. Eles não têm relação com as Forças Armadas da Rússia", destacou Peskov a um grupo de jornalistas.

Há dois dias, a imprensa russa informou que pelo menos cinco cidadãos que não pertenciam a grupos militares morreram num ataque da coalizão em Deir ez-Zor. No entanto, o Observatório só falou de baixas russas na explosão do armazém.

Quanto ao bombardeio da coalizão internacional de no último dia 8 contra posições das forças governamentais sírias, essa fonte lembrou que 45 soldados sírios leais ao presidente Bashar al-Assad, entre eles milicianos da Brigada Al Baqir, foram mortos.

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