Mundo

Expansão militar da China é 'assombrosa', afirma secretário-geral da Otan

Mark Rutte reforça a importância de um envolvimento maior da Otan na região Ásia-Pacífico

 Mark Rutte: expansão militar da China é "assombrosa", afirmou o secretário-geral da Otan (KAZUHIRO NOGI/AFP)

Mark Rutte: expansão militar da China é "assombrosa", afirmou o secretário-geral da Otan (KAZUHIRO NOGI/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2025 às 09h53.

Tudo sobreChina
Saiba mais

A expansão militar da China é "assombrosa", afirmou nesta terça-feira, 8, o secretário-geral da Otan, "Mark Rutte", durante uma visita ao Japão que pretende "projetar" a força da aliança na região Ásia-Pacífico.

"Não sejamos ingênuos a respeito da China. A ascensão de suas Forças Armadas, seus investimentos na indústria de defesa e em suas capacidades defensivas são assombrosos", declarou Rutte em uma entrevista publicada pelo jornal "Japan Times".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona os outros membros da aliança atlântica - principalmente os europeus - para que aumentem seus gastos militares.

Também deseja que os aliados da região Ásia-Pacífico reforcem suas capacidades militares diante da China e da Coreia do Norte.

"Os Estados Unidos querem cada vez mais que a Otan se envolva mais (na região). Não no sentido do artigo 5, e sim no sentido de projetar poder, de apoio mútuo dentro da Otan", declarou Rutte.

O artigo 5 da Otan estabelece que se um país membro é atacado, os demais consideram como um ataque contra todos e respondem em consequência.

Visita ao Japão e relações com aliados

A agenda de Rutte inclui uma visita à base naval de Yokosuka, ao sul de Tóquio, e uma reunião com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, além de funcionários de alto escalão do governo japonês na quarta-feira.

Nos últimos anos, a Otan procurou estreitar os laços com Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, convidando seus governantes para as reuniões de cúpula da aliança.

"Precisamos ir além das declarações conjuntas (...) vamos concretizar isto", declarou o holandês, que assumiu o cargo de secretário-geral da Otan em outubro.

Acompanhe tudo sobre:ChinaOtanMilitares

Mais de Mundo

Pentágono classifica voo de aviões militares venezuelanos perto de navio dos EUA como 'provocador'

China lança plano para transformar cidades em aglomerados urbanos inteligentes até 2035

Congresso argentino reverte pela primeira vez um veto de Milei

Por que o mercado está de olho nos dados do Payroll dos EUA nesta sexta: 'dia de grandes definições'