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Exilado na Rússia desde 2013, Edward Snowden publicará livro de memórias

O livro "Permanent Record" será publicado mundialmente e estará à venda a partir de 17 de setembro

Edward Snowden: Ex-analista da Agência de Segurança Nacional americana, que ficou famoso por vazar informações sobre o programa de vigilância em massa do governo dos EUA, vai lançar livro de memórias (Frederick Florin/AFP)

Edward Snowden: Ex-analista da Agência de Segurança Nacional americana, que ficou famoso por vazar informações sobre o programa de vigilância em massa do governo dos EUA, vai lançar livro de memórias (Frederick Florin/AFP)

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AFP

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 13h42.

Edward Snowden, o ex-analista da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) que fugiu para a Rússia depois de vazar informações sobre o programa de vigilância em massa do governo dos Estados Unidos, publicará suas memórias - informou a editora nesta quinta-feira (1º).

O livro "Permanent Record" estará à venda a partir de 17 de setembro e será publicado mundialmente pela Macmillan Publishers.

Snowden, que trabalhava para a CIA, além da NSA, vive na Rússia desde 2013, após ter vazado milhares de papéis secretos para a imprensa. Esses documentos expuseram o alcance da vigilância dos Estados Unidos depois dos ataques do 11 de Setembro.

Enquanto seus defensores o elogiam por defender a privacidade, os Estados Unidos o acusam de pôr a segurança nacional em risco.

Snowden enfrenta acusações de espionagem nos Estados Unidos, pelas quais pode ser condenado a passar décadas na prisão.

"Aos 29 anos, Edward Snowden decidiu desistir de seu futuro para o bem de seu país", disse o CEO da Macmillan Publishers nos Estados Unidos, John Sargent, em um comunicado.

"Ele demonstrou enorme valor em fazer isso e, gostando, ou não, é uma incrível história americana", acrescentou. "Não há dúvida de que o mundo é um lugar melhor e mais privado, graças às suas ações", completou.

Em sua conta no Twitter, Snowden postou uma mensagem, informando ter escrito um livro, e incluiu um vídeo dele.

"Tudo o que fazemos hoje é para sempre, não porque queremos lembrar, mas porque não temos o direito de esquecer", diz ele no vídeo. "Ajudar a criar este sistema é do que mais me arrependo", conclui.

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