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Exército turco diz ter sido atacado por guerrilha curda

Helicóptero do exército foi alvo de quatro disparos feitos por guerrilha curda, segundo Forças Armadas


	Soldados turcos observam reduto dos rebeldes curdos em Hakkari no mês de agosto: este é o primeiro ataque contra alvos militares turcos desde retirada da guerrilha curda da Turquia, em março
 (AFP)

Soldados turcos observam reduto dos rebeldes curdos em Hakkari no mês de agosto: este é o primeiro ataque contra alvos militares turcos desde retirada da guerrilha curda da Turquia, em março (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 12h17.

Istambul - Um helicóptero do exército turco foi alvo de quatro disparos em um município da província de Hakkari, segundo afirmaram nesta sexta-feira as Forças Armadas, que atribuíram o ataque à guerrilha curda.

No comunicado, o exército atribuiu o ataque aos "terroristas", o termo que usa habitualmente para os membros do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK).

O ataque aconteceu por volta das 15h40 (12h40, horário de Brasília) de ontem, no município de Yüksekova, que faz fronteira com o Iraque, na província de Hakkari, um dos redutos do PKK e palco de vários combates até o início do processo de paz, no começo do ano.

Este é o primeiro ataque direto da guerrilha curda contra alvos militares turcos desde que foi declarou sua retirada da Turquia em março.

O helicóptero, do modelo S-70, foi alvo de quatro disparos de armas de fogo, dos quais apenas um atingiu o aparelho, danificando o sistema elétrico, detalha a nota.

A aeronave efetuou uma manobra de fuga, se afastou da zona e conseguiu aterrisar sem maiores problemas na base militar de Hakkari.


O ataque se produz apenas dois dias depois que o dirigente da guerrilha, Murat Karayilan, advertiu o Governo turco de que sua inatividade coloca em perigo o processo de paz.

Karayilan lamentou que o Exército, ao invés de reduzir a presença nas regiões curdas, aumenta os desdobramentos e "prepara-se para uma guerra"

A retirada dos guerrilheiros, iniciada em abril e que deveria terminar, segundo prometeu o PKK, antes do outono (no hemisfério norte), está sendo realizada com armas e de forma clandestina, sem o sinal verde oficial do Exército, por isso que são temidas discórdias que possam derivar em enfrentamentos.

No começo de junho, uma patrulha no província vizinha de Sirnak foi alvo de "disparos de advertência", com uma pessoa levemente ferida por lascas de pedras, no que foi o primeiro incidente do processo.

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