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Exército sírio entrará em área rebelde de Aleppo, diz Hezbollah

No final da segunda-feira, a Turquia disse que 20 mil pessoas deixaram o bolsão ocupado pelos rebeldes no sul de Aleppo

Tropas sírias em Aleppo: insurgentes só irão partir depois que todos os civis que querem fazê-lo tiverem saído (Omar Sanadiki/Reuters)

Tropas sírias em Aleppo: insurgentes só irão partir depois que todos os civis que querem fazê-lo tiverem saído (Omar Sanadiki/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 08h55.

Beirute - O Exército da Síria transmitiu mensagens para o último enclave dos rebeldes em Aleppo dizendo que irá entrar na área nesta terça-feira, relatou uma unidade de mídia do grupo libanês Hezbollah, aliado de Damasco, exortando os insurgentes a acelerarem a retirada da cidade.

Uma autoridade rebelde baseada na Turquia disse à Reuters que só cerca de metade dos civis que desejam deixar Aleppo o fizeram desde a partida de milhares de pessoas na segunda-feira.

Os insurgentes só irão partir depois que todos os civis que querem fazê-lo tiverem saído, disse o rebelde. O acordo de cessar-fogo e retirada lhes permite levar armas pessoais, mas não armamento pesado.

No final da segunda-feira, a Turquia disse que 20 mil pessoas deixaram o bolsão ocupado pelos rebeldes no sul de Aleppo nas retiradas ocorridas na quinta e na segunda-feira. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de monitoramento da guerra, disse que 15 mil partiram.

As estimativas do número de pessoas que ainda esperam comboios de ônibus de retirada variam de alguns milhares a dezenas de milhares.

A rota de saída de Aleppo se estende por 5 quilômetros rumo ao bairro rebelado de Al-Rashideen, pouco além do limite sudoeste da cidade.

Os civis também estão sendo retirados de dois vilarejos de maioria xiita próximos de Idlib que vêm sendo assediados pelos rebeldes há anos e levados para Aleppo, parte do acordo que permitiu a saída dos insurgentes da cidade.

A unidade de mídia militar do Hezbollah noticiou que mais oito ônibus repletos de pessoas retiradas de Al-Foua e Kefraya partiram na madrugada desta terça-feira.

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