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Exército israelense atribui confronto em Gaza a manifestação

As forças israelenses confirmaram que abriram fogo nesta sexta-feira na fronteira com a Faixa de Gaza, apesar da trégua na região


	Ativistas palestinos enfrentam soldados israelenses em Nablus:  um palestino e outros 25 ficaram feridos
 (Jaafar Ashtiyeh/AFP)

Ativistas palestinos enfrentam soldados israelenses em Nablus:  um palestino e outros 25 ficaram feridos (Jaafar Ashtiyeh/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 10h43.

Gaza - O Exército israelense confirmou que seus homens abriram fogo nesta sexta-feira na fronteira com a Faixa de Gaza, apesar da trégua na região, mas assegura que o fizeram contra "vários grupos de manifestantes" que tentaram derrubar a cerca que separa ambos os territórios.

"Esta manhã, cerca de 300 palestinos se aproximaram da cerca fronteiriça em diferentes pontos do sul da Faixa, provocaram desordens, tentaram entrar em Israel e causaram danos na cerca", disse à Agência Efe um porta-voz militar.

"Os soldados atuaram de acordo com as ordens, dispararam para o ar em sinal de advertência e quando viram que os manifestantes não se afastavam atiraram em suas pernas", acrescentou.

No fato morreu um palestino e outros 25 ficaram feridos, informaram fontes médicas em Gaza.

Várias testemunhas explicaram que um grupo de agricultores das aldeias de Al Garara e Abasan foi esta manhã a suas terras perto da fronteira com Israel e que soldados abriram fogo contra eles.

Outro testemunho aponta que a vítima, um jovem de 20 anos, tentou colocar uma bandeira do Hamas sobre a cerca que separa Gaza de Israel.

Israel, que negou que se tratasse de agricultores, sustenta que um dos palestinos que participou dos protestos conseguiu inclusive "abrir passagem através da cerca e entrar em Israel", onde foi detido e pouco tempo depois devolvido a Gaza.

Por causa do incidente, o Governo do Hamas anunciou que apresentará ao Egito uma queixa contra Israel, na primeira denúncia de violação do cessar-fogo desde que foi declarado na quarta-feira após a operação "Pilar Defensivo".

O Egito é fiador do cessar-fogo que seguiu a oito dias de bombardeios em Gaza e ataques com foguetes contra povoados israelenses que causaram 166 mortos na faixa e seis em Israel. 

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