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Exército egípcio intensifica presença na fronteira com a Líbia

MIlitares do Egito também enviaram 2 aviões ao vizinho para transferir seus cidadãos no meio de uma grande tensão política

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 08h46.

Cairo - O Exército egípcio intensificou nas últimas horas sua presença na fronteira com a Líbia, após a violenta repressão contra as manifestações que exigem no país a queda do regime do líder líbio, Muammar Kadafi.

A passagem fronteiriça de Al Salum está aberta 24 horas para permitir o retorno dos egípcios a seu país, disse nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte do escritório de imprensa do Conselho Supremo das Forças Armadas egípcias.

Além disso, o Exército egípcio enviou à Líbia dois aviões para transferir seus cidadãos e instalou tendas de campanha perto da fronteira para acolher os que chegarem procedentes do país vizinho.

As Forças Armadas oferecem ainda meios de transporte aos egípcios que chegam à fronteira para levá-los a diferentes pontos dentro de seu país.

Segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, dois cidadãos do país morreram após serem baleados na Líbia.

Na nota, que cita o assessor do ministro para os Assuntos Consulares, Mohammed Abdel Hakam, as duas vítimas são identificadas como Metwali Metwali Omar Bazini e Ayman Rezq Abdel Zaher.

Hakam assegurou que seu Ministério está em comunicação contínua com a embaixada egípcia em Trípoli e com o consulado em Benghazi para obter a evacuação segura dos cidadãos egípcios.

Segundo Hakam, quatro mil egípcios chegaram à cidade egípcia de Al Salum provenientes da Líbia e outros 260 voltaram a seu país por via aérea.

O assessor do ministro de Exteriores assegurou que irá aumentar o número de aviões das linhas aéreas egípcias a Trípoli para evacuar mais cidadãos.

Na segunda-feira, pelo menos 250 pessoas morreram em Trípoli nos bombardeios da Força Aérea líbia contra os manifestantes que exigem a queda do regime de Kadafi, segundo a emissora "Al Jazira".

De acordo com a organização Human Rights Watch, mais de duas centenas de pessoas morreram desde a última quinta-feira em várias regiões da Líbia.

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