Soldados do exército do Egito são vistos implantados a frente de demonstrações contra o presidente Mohamed Mursi no Cairo, no Egito: tanques fecharam acessos à praça Rabea al Adauiya, na capital (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 14h27.
Cairo -Tanques do Exército do Egito fecharam todos os acessos à Praça Rabea al Adauiya, situada no leste do Cairo, onde dezenas de milhares de islâmicos seguidores do presidente Mohamed Mursi, informou à Agência Efe uma fonte militar.
De acordo com a fonte, essa medida foi adotada "para preservar a vida das pessoas e evitar confrontos" entre opositores e seguidores de Mursi.
Por outro lado, a agência oficial "Mena", citando outra fonte militar, assegurou que a chefia da Zona Militar Central do Egito ordenou um forte desdobramento na Praça Tahrir e nos arredores do Palácio Presidencial de Itihadiya, onde os opositores costumam a se concentrar, assim como nas Praças Rabea al Adauiya e Al Nahda, junto a Universidade do Cairo, onde se encontram os seguidores de Mursi.
Segundo essa fonte, o objetivo dos militares é "garantir o máximo grau de proteção aos manifestantes nesta etapa crítica da história do Egito".
Em breve, espera-se que as Forças Armadas egípcias divulguem uma mensagem à nação após o final do ultimato de 48 horas que concederam na última segunda-feira para que Mursi atendesse "as reivindicações populares" dos milhões de manifestantes que exigem sua renúncia.
Um dos assessores mais próximos a Mursi e alto cargo da Irmandade Muçulmana, Esam Haddad, qualificou hoje os fatos no Egito como um "golpe de Estado" e adiantou que os episódios de violência podem aumentar.
Enquanto isso, milhares de pessoas aguardam na Praça Tahir o comunicado dos militares, que, por sinal, mantiveram uma reunião com os dirigentes "religiosos, nacionais, políticos e juvenis" do país.
*Matéria atualizada às 14h26