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Exército do Sudão suspende negociações de trégua com paramilitares

Conflito, que deixou pelo menos 1.800 mortos e quase 1,5 milhão de deslocados e refugiados, continua provocando vítimas fatais e forçando as famílias a abandonarem suas casas

O exército tomou a decisão "porque os rebeldes nunca aplicaram um dos pontos do acordo de trégua temporária que prevê sua retirada dos hospitais e das casas (AFP/AFP Photo)

O exército tomou a decisão "porque os rebeldes nunca aplicaram um dos pontos do acordo de trégua temporária que prevê sua retirada dos hospitais e das casas (AFP/AFP Photo)

Agência o Globo
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Publicado em 31 de maio de 2023 às 08h23.

O exército do Sudão suspendeu sua participação nas negociações na Arábia Saudita, mediadas por este país e pelos Estados Unidos - para alcançar uma trégua com os paramilitares que disputam o poder, anunciou uma fonte governamental à AFP nesta quarta-feira, 31.

O exército tomou a decisão "porque os rebeldes nunca aplicaram um dos pontos do acordo de trégua temporária que prevê sua retirada dos hospitais e das casas. E não param de violar a trégua, afirmou a fonte, que pediu anonimato.

Conflito

O conflito no Sudão, iniciado em 15 de abril, envolve o exército, comandado pelo general Abdel Fatah al Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), liderados pelo general Mohamed Hamdan Daglo.

Os mediadores sauditas e americanos anunciaram na segunda-feira, 29, que as duas partes haviam concordado em prorrogar por cinco dias uma trégua humanitária em vigor desde 22 de maio, mas a interrupção dos combates foi violada com ataques aéreos, disparos de artilharia e deslocamentos de blindados.

O conflito, que deixou pelo menos 1.800 mortos, de acordo com a ONG ACLED, e quase 1,5 milhão de deslocados e refugiados, segundo a ONU, continua provocando vítimas fatais e forçando as famílias a abandonarem suas casas.

Antes do novo conflito, o Sudão já era um dos países mais pobres do mundo. E após quase sete semanas de guerra, 25 dos 45 milhões de sudaneses não conseguem mais sobreviver sem a ajuda humanitária, afirmou a ONU

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