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Exército do México resgata 61 sequestrados na fronteira

Imigrantes teriam permanecido sequestrados por pelo menos 15 dias em uma casa na cidade de Reynosa, no Estado de Tamaulipas

Imigrantes sentados em um casa onde foram resgatados por soldados do Exército, perto da fronteira mexicana com os Estados Unidos (Secretaria de Gobernacion/Divulgação via Reuters)

Imigrantes sentados em um casa onde foram resgatados por soldados do Exército, perto da fronteira mexicana com os Estados Unidos (Secretaria de Gobernacion/Divulgação via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 22h42.

Cidade do México - O Exército mexicano resgatou 61 imigrantes ilegais, a maioria da América Central, que na tentativa de chegar aos Estados Unidos foram sequestrados por criminosos no norte do México, afirmou o governo nesta quinta-feira.

Os imigrantes teriam permanecido sequestrados por pelo menos 15 dias em uma casa na cidade de Reynosa, no Estado de Tamaulipas, perto da fronteira com os EUA e que por anos vivenciou fortes episódios de violência perpetrada por grupos criminosos.

O resgate ocorreu na quarta-feira durante uma ronda de vigilância realizada pelos militares.

"Em um reconhecimento terrestre eles observaram pessoas que pediam ajuda desde o interior de uma casa. Ao entrar, localizaram 61 pessoas", afirmou em comunicado a Secretaria de Governo.

Entre os resgatados havia três mexicanos, quatro hondurenhos, um nicaraguense, 33 guatemaltecos e 20 salvadorenhos, de quem seus sequestradores exigiam entre 3.500 e 6.000 dólares para levá-los ilegalmente aos EUA.

O sequestro, o desaparecimento e o assassinato de imigrantes aumentaram no país, especialmente em Tamaulipas, onde os Zetas assassinaram 72 imigrantes ilegais sequestrados em 2010.

Cerca de 82.000 pessoas morreram e 27.000 estão desaparecidas desde que o ex-presidente Felipe Calderón lançou no fim de 2006 uma campanha contra os cartéis de droga, provocando a diversificação dos crimes pelas organizações com extorsões, pirataria, sequestros e tráfico de pessoas.

Com a chegada do presidente Enrique Peña Nieto no fim de 2012, o índice de homicídios caiu levemente, mas a violência persiste e se estendeu a novas áreas do país sem que haja mudanças notórias na estratégia de segurança, segundo analistas.

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