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Executivo da UE ordena que Polônia e Hungria recebam imigrantes

Executivo ameaçou os membros do bloco de ações na Justiça caso os dois países se recusem a obedecer

Refugiados: governos da Polônia e Hungria vêm boicotando o esquema de transferência de 160 mil pessoas da Itália e da Grécia (Bernadett Szabo/Reuters)

Refugiados: governos da Polônia e Hungria vêm boicotando o esquema de transferência de 160 mil pessoas da Itália e da Grécia (Bernadett Szabo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2017 às 11h58.

Bruxelas - O Executivo da União Europeia aumentou nesta quarta-feira a pressão para que Polônia e Hungria recebam postulantes a asilo em respeito ao plano de imigração do bloco, ameaçando ações na Justiça caso os dois países se recusem a obedecer.

Os governos de Varsóvia e Budapeste vêm boicotando o esquema de transferência de 160 mil pessoas da Itália e da Grécia --os principais portos de chegada à UE-- para outros locais do bloco. Outros países-membros também estão agindo com lentidão e emperrando o plano controverso.

Os governos eurocéticos da Polônia e da Hungria também submeteram a mídia e o Judiciário a um controle estatal rígido, despertando em Bruxelas e outras capitais da UE o temor de estarem infringindo os mecanismos democráticos de equilíbrio de forças do bloco.

O influxo de cerca de 1,6 milhão de refugiados e imigrantes para a UE entre 2014 e 2016 criou desavenças no tocante à distribuição do fardo entre os integrantes da união. Até agora só cerca de 16.340 pessoas foram transferidas de acordo com o esquema de emergência, que expira em setembro.

"Se os Estados-membros não aumentarem suas realocações logo, a Comissão (Europeia) não irá hesitar em empregar seus poderes... para aqueles que não obedeceram", disse o braço executivo do bloco em um comunicado.

A Comissão havia proposto uma multa a países-membros que não acolhem os imigrantes, mas houve pouco apoio político a tal medida. Uma ação nos tribunais não resolveria o assunto rapidamente, mas poderia aumentar ainda mais a pressão para que outras nações da UE ajam.

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