Mundo

Executivo da Google afirma que beijou soldados que o agrediram

Ghonim ganhou destaque ao se tornar um porta-voz das manifestações que exigiam a renúncia do presidente Hosni Mubarak

Wael Ghonim, executivo egípcio do Google, havia desaparecido no Cairo em 27 de janeiro (John Moore/Getty Images)

Wael Ghonim, executivo egípcio do Google, havia desaparecido no Cairo em 27 de janeiro (John Moore/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 20h01.

Washington - Libertado após 12 dias de detenção no Egito, o jovem executivo da gigante da internet Google Wael Ghonim afirmou que beijou os soldados que vendaram seus olhos e o agrediram durante o período que ficou preso.

"Tirei a venda dos olhos e disse 'olá', e beijei cada um deles", disse o diretor de marketing da Google para o Oriente Médio e a África do Norte em uma entrevista ao programa "60 Minutes" do canal americano CBS, exibida no domingo.

Ghonim ganhou destaque ao se tornar um porta-voz das manifestações que exigiam a renúncia do presidente Hosni Mubarak.

"Estava enviando uma mensagem", disse.

O executivo de 30 anos explicou que as agressões não foram sistemáticas.

"Eu os perdoei, devo dizer. Eu os perdoo porque que eles estavam convencidos de que eu estava prejudicando o país", destacou.

Ghonim revelou que estava por trás da página do Facebook "Todos somos Khaled Said", a qual se atribui parte da responsabilidade nas mobilizações pela democracia que dominaram o país.

A Google fez uma grande campanha pela libertação de Ghonim, quando ele desapareceu no Cairo em 27 de janeiro.

Quando o regime do Egito cortou o acesso à internet no fim de janeiro para tentar sufocar as manifestações contra o governo, Google uniu forças com o Twitter para criar uma ferramenta que permitira aos egípcios "twitar" por telefone.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDemocraciaEgitoPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Biden diz a Trump que os migrantes são o "sangue" dos Estados Unidos

Incêndios devastam quase 95 mil hectares em Portugal em 5 dias

Relatório da ONU e ONGs venezuelanas denunciam intensificação de torturas nas prisões do país