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Execução que falhou em Oklahoma foi como "filme de terror"

A execução de um assassino no ano passado que demorou mais de 40 minutos foi como um "filme de terror", revelaram testemunhas


	Injeção letal: o prisioneiro agonizou durante 43 minutos, quando o óbito deveria ocorrer em, no máximo, dez minutos
 (Getty Images)

Injeção letal: o prisioneiro agonizou durante 43 minutos, quando o óbito deveria ocorrer em, no máximo, dez minutos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 20h30.

A execução de um assassino em Oklahoma no ano passado que demorou mais de 40 minutos por problemas na injeção letal foi como um "filme de terror", revelaram testemunhas nesta segunda-feira.

A execução de Clayton Lockett virou notícia mundial após o prisioneiro agonizar durante 43 minutos, quando o óbito deveria ocorrer em, no máximo, dez minutos.

A injeção letal continha um coquetel de medicamentos que não havia sido testado previamente nos Estados Unidos.

O jornal local The Tulsa World divulgou nesta segunda-feira 5 mil páginas sobre o que ocorreu no dia 29 de abril de 2014, com base em cerca de 100 entrevistas com testemunhas do departamento de Saúde Pública.

Os testemunhos revelam um sórdido relato da morte de Lockett, com o pessoal médico realizando múltiplas tentativas para encontrar uma veia no corpo do prisioneiro enquanto corriam para completar outra execução prevista para o mesmo dia.

A agonia de Lockett começou quando se decidiu injetar o coquetel letal através da artéria femoral, mas o produto, conhecido por midazolam, se espalhou pelos tecidos no lugar de circular pela veia.

Segundo uma testemunha, o local da execução se tornou um "caos repleto de sangue".

Outra testemunha disse que foi "uma cena de filme de terror", porque Lockett se retorcia na maca quando deveria estar inconsciente.

A Corte de Apelações descreveu a execução como um "desastre de procedimento" e o Supremo Tribunal analisará em abril outro caso envolvendo um prisioneiro no corredor da morte em Oklahoma.

A paramédica encarregada do procedimento disse aos investigadores que não tinha experiência em injeções intravenosas na artéria femoral. O médico também parecia não ter experiência.

Quando a paramédica disse ao médico que a agulha usada era muito curta para uma injeção femoral, o doutor respondeu: "bom, vamos ter que dar um jeito para funcionar".

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