Mundo

Execução de condenado por assassinato é impedida nos EUA

O advogado do condenado pediu que a Corte Suprema do estado considerasse novas provas de DNA que inocentariam o cliente

Marcellus Williams: o sangue de Williams não combina com a mostra encontrada na faca utilizada para matar a vítima (Missouri Department of Corrections/Reuters)

Marcellus Williams: o sangue de Williams não combina com a mostra encontrada na faca utilizada para matar a vítima (Missouri Department of Corrections/Reuters)

E

EFE

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 21h04.

Washington - O governador do Missouri, Eric Greitens, impediu nesta terça-feira a execução programada para a tarde de hoje de Marcellus Williams, homem negro condenado por assassinato cometido em 1998, durante um roubo, sob a justificativa de analisar novas provas de DNA.

"Uma sentença de morte é o castigo último e permanente. Para executar a pena capital, as pessoas do Missouri precisam ter confiança no julgamento de culpabilidade", afirmou o mandatário, por meio de comunicado.

Greitens garantiu que "à luz das novas informações", designou que um Conselho de Investigação revise o caso contra Williams, de 48 anos.

O advogado do condenado, Kent Gipson, pediu que a Corte Suprema do estado considerasse novas provas de DNA que inocentariam o cliente pela morte de Lisha Gayle, jornalista do "Saint Louis Post-Dispatch".

O sangue de Williams não combina com a mostra encontrada na faca utilizada para matar a vítima.

A descoberta foi feita a partir de uma nova tecnologia de análise de DNA, que não era disponível no momento da condenação, em 2011.

"A evidência física, particularmente a nova evidência de DNA, inocenta o senhor Williams", afirmou o advogado de defesa.

A Corte Suprema do Missouri já havia adiado a execução de Williams, em 2015.

Os Estados Unidos vem reduzindo o número de execuções nos últimos anos, desde o recorde histórico de 98 em 1998. Em 2016, foram 20 mortes, e, até o momento, em 2017, aconteceram 16.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)AssassinatosPena de morteDNA

Mais de Mundo

AtlasIntel: Candidata do Partido Comunista lidera eleição no Chile

A Terra está rachando? 'Ultrassom' revela placa oceânica com rasgos de 5km de profundidade

Trump afirma que não está considerando ataques na Venezuela

Talibã pede para participar da COP30 em meio às secas no Afeganistão