Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se submeteu nesta segunda-feira a novos exames de rotina que ofereceram "resultados satisfatórios", por isso já poderá se locomover por "meios aéreos", informaram fontes oficiais.

Em um breve pronunciamento, o porta-voz presidencial, Alfredo Scoccimarro, divulgou os resultados dos exames feitos hoje em Cristina na Fundação Favaloro de Buenos Aires, dois meses depois de a presidente ter passado por uma cirurgia no cérebro.

Devido aos bons resultados do exame, "a equipe neurocirúrgica decidiu conceder autorização para que complete os testes cardíacos programados, que serão feitos na próxima quarta-feira, assim como para poder se transportar por meios aéreos", disse Scoccimarro.

Cristina Kirchner, de 60 anos, foi submetida no dia 8 de outubro a uma neurocirurgia para drenar um hematoma cerebral.

Em 18 de novembro, e após 40 dias de repouso absoluto, a governante retomou suas atividades oficiais em sua residência oficial de Oliveiras, mas sob a prescrição médica de evitar o estresse e não se locomover por meios aéreos.

Nesse mesmo dia, um vídeo de Cristina foi gravado por sua filha mais nova, Florencia, e divulgado em seu blog e no Twitter.

No vídeo, a presidente se apresentava com um aspecto renovado e acompanhada de seu novo animal de estimação, o cachorro "Simón", presente de Adam Chávez, irmão do falecido presidente da Venezuela Hugo Chávez.

Dois dias depois, reapareceu na Casa Rosada, durante o juramento da nova equipe econômica de seu gabinete.

Sua última aparição foi no dia 4 de dezembro, na posse da nova ministra de Segurança, Cecilia Rodríguez, e do novo titular da Secretaria de Programação para a Prevenção da Toxicomania e da Luta contra o Narcotráfico, o sacerdote Juan Carlos Molina.

Para essa ocasião, a presidente abandonou definitivamente o luto rigoroso que exibia desde a morte de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em 2010.

Nesta terça-feira, Cristina Kirchner vai participar dos atos de comemoração dos 30 anos da instauração da democracia no país, para os quais foram chamados todos os ex-presidentes que governaram a Argentina desde 1983.