Mnangagwa foi destituído em 6 de novembro por iniciativa da primeira-dama, Grace Mugabe (Philimon Bulawayo/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 09h20.
O ex-vice-presidente do Zimbábue Emmerson Mnangagwa, destituído há duas semanas, pediu nesta terça-feira ao presidente Robert Mugabe que renuncie, e assegurou que não retornará a seu país até que sua segurança seja garantida.
"Convido o presidente Mugabe a considerar os pedidos feitos pelo povo para sua renúncia de forma que o país possa avançar e preservar a herença" do chefe de Estado, afirmou Mnangagwa em uma declaração difundida na imprensa.
Mnangagwa foi destituído em 6 de novembro, por iniciativa da primeira-dama, Grace Mugabe, com quem competia para suceder o presidente, de 93 anos.
Sua expulsão provocou a intervenção das Forças Armadas, que controlam o país desde 15 de novembro.
O decano dos chefes de Estado ativos no mundo se recusa a deixar o poder, apesar das pressões do governo, seu partido e a opinião pública.
Em seu texto, Emmerson Mnangagwa, no exterior desde sua renúncia, confirmou que estava em contacto com o presidente Mugabe, assim como o chefe do Estado-Maior do exército, o general Constantino Chiwenga.
"Posso confirmar que o presidente (...) me convidou a voltar ao país para discutir sobre os acontecimentos políticos em curso na nação. Lhe respondi que não voltaria enquanto não estivesse satisfeito com as condições de minha própria segurança", explicou.