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Ex-vice-ministro de Defesa da Rússia é condenado a 13 anos de prisão por corrupção

Timur Ivanov da Defesa da Rússia, Ivanov é acusado de desviar bilhões e é alvo de uma investigação em curso no governo russo

Campanha anticorrupção: Timur Ivanov é condenado em meio a uma série de investigações contra altos funcionários do governo russo (Alexander NEMENOV / AFP)

Campanha anticorrupção: Timur Ivanov é condenado em meio a uma série de investigações contra altos funcionários do governo russo (Alexander NEMENOV / AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de julho de 2025 às 17h15.

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Um tribunal de Moscou condenou, nesta terça-feira, Timur Ivanov, um ex-vice-ministro russo da Defesa, a 13 anos de prisão por desvio e lavagem de dinheiro, no âmbito de uma campanha anticorrupção do governo em plena ofensiva na Ucrânia. Até ser preso em abril de 2024, Timur Ivanov, de 49 anos, era considerado um dos funcionários de alto escalão mais ricos da Rússia.

Ele era responsável por contratos de construção relacionados ao Exército e foi acusado de ter desviado bilhões de rublos do banco Interkommerz, que faliu em 2016. Ivanov também foi acusado de ter desviado 200 milhões de rublos (cerca de R$ 14 milhões) durante a venda de embarcações destinadas a operar no estreito de Kerch, entre a Rússia e a península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou.

Nesta terça-feira, além da pena de 13 anos de prisão, Ivanov também foi condenado a pagar uma multa de 100 milhões de rublos (cerca de R$ 7 milhões), constataram jornalistas da AFP no tribunal.

Desde maio de 2024, quando o ex-ministro da Defesa, Serguei Shoigu, foi substituído por Andrei Belousov, pelo menos dez funcionários do ministério e generais foram detidos ou investigados.

Prisões e investigações no Ministério da Defesa

Alguns observadores apontam que as prisões fazem parte de uma perseguição contra pessoas próximas de Shoigu ou militares críticos à hierarquia atual, mas o Kremlin assegura que se trata apenas de operações anticorrupção.

Após o julgamento, o advogado de Timur Ivanov, Murad Musayev, denunciou à imprensa que o veredito se trata de uma "execução" e afirmou que há uma "ausência total de provas" no caso.

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